Guin� em 'situa��o de epidemia de Ebola', diz ag�ncia de sa�de

Ao menos tr�s pessoas morreram na Guin� devido a uma nova "situa��o de epidemia" de febre hemorr�gica do Ebola, cinco anos depois do fim do surto anterior, informou neste domingo (14) o chefe da ag�ncia de sa�de da Guin�, Sakoba Keita.

"Muito cedo nesta manh�, o laborat�rio de Conakry confirmou a presen�a do v�rus do Ebola", disse Keita depois de uma reuni�o emergencial em Conakry, que contabilizou sete casos, tr�s deles mortais.

O ministro da Sa�de R�my Lamah mencionou no s�bado � noite um n�mero de quatro mortos.

Este � o primeiro ressurgimento registrado da doen�a na �frica Ocidental, onde come�ou o pior surto na hist�ria do v�rus, que matou mais de 11.300 pessoas entre 2013 e 2016.

Ap�s uma reuni�o de emerg�ncia em Conakry, Keita, que lidera a Ag�ncia Nacional de Seguran�a Sanit�ria (ANSS), explicou � imprensa que uma pessoa morreu no final de janeiro em Goueck�, perto da fronteira com a Lib�ria.

"Seu funeral aconteceu em Goueck� em 1o de fevereiro e algumas pessoas que participaram deste funeral come�aram a ter sintomas de diarreia, v�mito, sangramentos e febre alguns dias depois", disse o titular do �rg�o de sa�de.

As primeiras amostras analisadas por um laborat�rio instalado pela Uni�o Europea em Gu�ck�dou, na regi�o, revelaram a presen�a do v�rus do Ebola em algumas delas na sexta-feira, disse.

"Isso coloca a Guin� em uma situa��o de epidemia de Ebola", concluiu o m�dico.

- OMS envia ajuda -

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) enviar� "rapidamente" aux�lio, entre eles doses de vacinas, para ajudar a Guin� a enfrentar o ressurgimento da epidemia de febre hemorr�gica de Ebola, informou neste domingo o representante da ag�ncia da ONU.

"Vamos enviar rapidamente as capacidades necess�rias para apoiar a Guin�, que j� tem muita experi�ncia", declarou � imprensa o professor Alfred George Ki-Zerbo, no fim de uma reuni�o com as autoridades de sa�de da Guin�.

"O arsenal � hoje em dia muito maior e temos que aproveit�-lo para conseguir conter esta situa��o o mais r�pido poss�vel", acrescentou.

"A OMS est� em alerta em todos os n�veis: na sede e na rela��o com o fabricante (de vacinas), para que as doses necess�rias sejam disponibilizadas o quanto antes para ajudar", continuou o professor.

O v�rus do Ebola, que provoca febre alta, dor de cabe�a, v�mitos e diarreia, foi identificado pela primeira vez em Zaire, atual Rep�blica Democr�tica do Congo, em 1976.

No momento, existem duas vacinas experimentais, mas n�o h� nenhum tratamento capaz de curar o v�rus, que j� provocou o terror v�rias vezes na �frica.

O desenvolvimento de vacinas contra o v�rus do Ebola se acelerou depois da pior epidemia desta doen�a, particularmente fatal, que come�ou em dezembro de 2013 na Guin� e se propagou para a Lib�ria e Serra Leoa, mas acabou alcan�ando um total de dez pa�ses com casos na Espanha e Estados Unidos.