(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas BUENOS AIRES

Menem, o ex-presidente que colocou uma marca neoliberal na Argentina


14/02/2021 13:30

O carism�tico Carlos Menem, falecido neste domingo (14) em Buenos Aires aos 90 anos, governou a Argentina por 10 anos na d�cada de 1990 como um l�der de ideologia liberal, em contraste com o perfil de seus �ltimos anos como senador.

Em 13 de junho de 2020, no meio da quarentena do coronav�rus, ele foi hospitalizado em Buenos Aires por pneumonia complicada com hist�rico card�aco. A partir de ent�o, suas interna��es foram se tornando cada vez mais frequentes, por diversas enfermidades.

Nascido em 2 de julho de 1930 em uma fam�lia de imigrantes s�rios, Menem se orgulhava de nunca ter perdido uma elei��o.

Presidente entre 1989 e 1999, 'El Turco' amava luxo, mulheres, esportes, dirigir carros Ferrari, rel�gios e vinho espumante.

Sua ideologia privatizante e liberal fez dele o queridinho do Fundo Monet�rio Internacional, dos investidores de Wall Street, dos republicanos dos EUA e do f�rum de neg�cios de Davos.

Menem concorreu � presid�ncia novamente em 2003 e venceu o primeiro turno eleitoral com 24% dos votos, contra 22% do peronista N�stor Kirchner.

No entanto, ele se recusou a participar da elei��o por temer uma avalanche de votos para seu rival.

Formado em direito, Menem foi governador de sua prov�ncia natal, La Rioja, em duas ocasi�es, a primeira em 1973, embora tenha sido destitu�do do cargo quando ocorreu o golpe de 1976 e foi detido por dois anos.

- Cicatrizes pol�ticas -

Menem promoveu a reforma da Constitui��o em 1994, que introduziu a reelei��o presidencial imediata, al�m de abolir a obrigatoriedade de professar a religi�o cat�lica para quem exerce a lideran�a do Estado.

Privatizou a maioria das empresas p�blicas e estabeleceu uma taxa de c�mbio em paridade com o d�lar, esquema que gerou abund�ncia repentina, mas que explodiu em 2001, gerando a pior crise econ�mica da hist�ria do pa�s.

Tamb�m perdoou os maiores respons�veis pela �ltima ditadura (1976-1983) que haviam sido processados e membros de organiza��es guerrilheiras.

Ele estave em pris�o domiciliar preventiva em 2001 por um julgamento por contrabando de armas para a Cro�cia e Equador. Foi libertado semanas depois por decis�o da Suprema Corte de Justi�a e posteriormente absolvido por excesso de tempo em um caso que durou 25 anos.

A venda ilegal de armas ao Equador ocorreu apesar de a Argentina ter sido a garantidora da paz no confronto de 1995 entre Lima e Quito.

Os foros evitaram a pris�o nos julgamentos contra ele, incluindo um por encobrir o ataque contra a judaica AMIA em 1994, que causou 85 mortes.

Em 2019, recebeu nova senten�a de tr�s anos por peculato, sem cumprir a pena pela imunidade como senador.

Foi o �nico presidente latino-americano a aderir � alian�a ocidental para participar da Guerra do Golfo (1990-91), com o despacho de dois navios.

"Temos rela��es carnais com os Estados Unidos", justificou ent�o.

FERRARI N.V.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)