Um acordo pol�tico assinado em 5 de fevereiro provocou, no entanto, a esperan�a de pacifica��o do pa�s, que conta com as maiores reservas de petr�leo do continente africano.
Nas principais cidades da Tripolit�nia, a grande regi�o oeste, as autoridades locais planejam v�rias cerim�nias, com discursos, m�sica e fogos de artif�cio.
O l�der do Governo de Unidade Nacional (GNA), Fayez al Sarraj, reconhecido pela ONU, acompanhou na ter�a-feira � noite (16) na Pra�a dos M�rtires de Tr�poli a cerim�nia que acendeu a tocha para as celebra��es oficiais.
Apesar das restri��es sanit�rias contra a covid-19, centenas de pessoas compareceram ao evento com bandeiras e cantaram m�sicas patri�ticas.
As principais celebra��es acontecer�o nesta grande esplanada no cora��o da capital, antes chamada "Pra�a Verde" e onde Khadafi gostava de pronunciar discursos.
Na ter�a-feira tamb�m foi organizado um primeiro desfile militar em Tajura, nas proximidades de Tr�poli.
Nos �ltimos dias, a capital do pa�s, que tem quase metade da popula��o l�bia, passou por reformas, e as ruas receberam faixas, arcos luminosos e decora��es.
As fachadas das casas foram pintadas e equipes da Companhia Nacional de Obras P�blicas refor�aram os sinais de tr�nsito nas ruas e substitu�ram os sem�foros.
Nas esquinas, os vendedores ambulantes oferecem bal�es com as cores nacionais e a bandeira da independ�ncia da L�bia de 1951, assim como a bandeira berbere, emblema cultural e identit�rio de parte da popula��o l�bia.
As autoridades do leste do pa�s, regi�o controlada pelo marechal Khalifa Haftar, n�o anunciaram nenhum evento, nem mesmo em Benghazi, ber�o da revolu��o e segunda maior cidade do pa�s do norte da �frica.
- "Cat�strofe" -
"Sair para celebrar o anivers�rio da revolu��o seria uma loucura, porque esta revolu��o foi uma cat�strofe que desperdi�ou anos de estabilidade", afirmou Jamis Al Sahati, ativista radicado em Cirenaica, a grande regi�o leste do pa�s.
Dez anos depois da revolu��o e da interven��o de apoio da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan), que terminou em outubro de 2011 com a morte do "Guia" Khadafi, a L�bia permanece dividida entre dois poderes antag�nicos e sofre com a interfer�ncia estrangeira.
"Ainda n�o se fez justi�a para as v�timas de crimes de guerra e graves viola��es de direitos humanos, incluindo assassinatos, desaparecimentos for�ados, torturas, deslocamentos for�ados e sequestros cometidos por mil�cias e grupos armados", lamentou na ter�a-feira a organiza��o de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional.
O dia a dia dos l�bios foi marcado durante anos pela falta de dinheiro e de gasolina, por cortes de energia el�trica e por uma infla��o galopante.
Instalado em Tr�poli em 2016 ap�s a media��o da ONU, o GNA tem o forte apoio da Turquia.
O governo opositor, liderado por Haftar e estabelecido em Cirenaica, tem o apoio dos Emirados �rabes Unidos, do Egito e da R�ssia.
Ap�s o fracasso da ofensiva de Haftar para tentar controlar Tr�poli em 2020, foram registradas v�rias tentativas de media��o. A ONU conseguiu em outubro um acordo de cessar-fogo que, ao contr�rio dos anteriores, � respeitado.
As negocia��es entre as for�as l�bias nos �ltimos meses terminaram em um acordo para a organiza��o de elei��es presidenciais em dezembro de 2021.
Em 5 de fevereiro, foi designado um governo de transi��o, liderado pelo primeiro-ministro interino, Abdul Hamid Dbeibah, e um Conselho Presidencial transit�rio encabe�ado por Mohamed al Menfi.
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TR�POLI
L�bios celebram 10 anos da revolu��o que derrubou Khadafi
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