Em um comunicado divulgado em Roma, a organiza��o das Na��es Unidas, pr�mio Nobel da Paz em 2020, reconheceu que a fome "se multiplicou por quatro nos �ltimos dois anos" nesses quatro pa�ses.
A entidade fez um pedido urgente � comunidade internacional para dar assist�ncia a 2,6 milh�es de pessoas desses quatro pa�ses, o que exige US$ 47,3 milh�es nos pr�ximos seis meses.
O PMA calcula que 1,7 milh�o de pessoas se encontram em estado de "emerg�ncia" pela inseguran�a alimentar e "precisam de assist�ncia alimentar urgente".
"O ano 2020 foi um ano para esquecer em todo o mundo, e mais ainda para as comunidades da Am�rica Central que receberam uma s�rie de golpes", destaca Miguel Barreto, diretor regional do PMA para Am�rica Latina e Caribe, citado no comunicado.
A destrui��o de casas e cultivos por dois furac�es g�meos, a escassez e redu��o de alimentos, assim como a falta de empregos est�o gerando tamb�m uma onda de migra��o.
"A temporada recorde de furac�es no Atl�ntico em 2020 provocou um duro golpe em milh�es de pessoas que antes n�o sofriam de fome, entre elas trabalhadores que dependem da economia de servi�os, do turismo e dos trabalhos informais", afirma o �rg�o.
"Das pessoas entrevistadas pelo PMA em janeiro de 2021, 15% est�o fazendo planos concretos para migrar", enfatizou a ag�ncia da ONU.
- Pandemia, furac�es e mudan�a clim�tica -
Os furac�es Eta e Iota que atingiram a Am�rica Central em novembro de 2020 transtornaram a vida de 6,8 milh�es de pessoas que perderam suas casas e seus meios de subsist�ncia, estima o PMA.
Os furac�es destru�ram mais de 200.000 hectares de alimentos b�sicos e cultivos comerciais nos quatro pa�ses e mais de 10.000 hectares de terras de cultivo de caf� em Honduras e Nicar�gua, resume a ag�ncia especializada.
"Os furac�es destru�ram essas comunidades enquanto elas estavam lidando com a perda de empregos e uma economia em contra��o pela covid-19", lembra a organiza��o humanit�ria.
Segundo as estimativas do PMA, o n�mero de casas que n�o tinham o suficiente para comer durante a pandemia quase dobrou na Guatemala em compara��o com os n�meros anteriores ao surto de coronav�rus.
As comunidades da Am�rica Central tamb�m sofreram a pior parte de uma emerg�ncia clim�tica, onde anos consecutivos de seca e um clima ruim interromperam a produ��o de alimentos, especialmente alimentos b�sicos como milho e feij�o, que dependem em grande parte das chuvas regulares, explicou o PMA.
ROMA