Os viciados em moda, a multid�o da imprensa, as filas do heterog�neo p�blico pelas ruas da capital econ�mica da It�lia desapareceram.
Um momento in�dito ap�s o primeiro surto da doen�a, detectado em fevereiro de 2020 em Codogno, a poucos quil�metros da capital, motivo pelo qual o mestre da moda italiana, Armani, decidiu fazer o primeiro desfile da hist�ria da moda a portas fechadas.
Um ano depois, o sistema continua sofrendo as repercuss�es econ�micas e organizacionais de uma epidemia que assumiu caracter�sticas globais.
Por�m, a edi��o que tem in�cio nesta quarta-feira e vai at� 1� de mar�o, quer mostrar que a ind�stria da moda sabe se adaptar e resistir.
A ideia de lan�ar a temporada com desfiles diante de uma grande audi�ncia ficou para tr�s, e agora tudo est� acontecendo na plataforma digital criada pela "Camera Nazionale della Moda".
� um centro virtual, com 68 desfiles programados, 65 apresenta��es e sete eventos. � o calend�rio para a moda feminina outono-inverno 2021-2022.
A semana come�a com o evento "We are Made in Italy", projeto digital do coletivo Black Lives Matter in Italian Fashion que trabalha em prol da inclus�o e da diversidade na moda na It�lia.
Depois e durante seis dias, ser� poss�vel assistir aos desfiles das grandes marcas, alguns j� gravados, outros ao vivo, mas todos sem p�blico.
Entre as grifes est�o a primeira cole��o de pr�t-�-porter assinada por Kim Jones para a Fendi, assim como as novas apostas da Prada, Moschino, Armani, Dolce & Gabbana e Valentino, esse �ltimo que reiterou seu desejo de trabalhar na It�lia e desfilar em Mil�o.
- Visualiza��es -
O sucesso da semana de moda agora � medido com base nas visualiza��es. A �ltima edi��o da Semana de Moda milanesa, em setembro, ultrapassou os 43 milh�es de visualiza��es no canal de streaming.
A p�gina oficial Milanofashionweek.cameramoda.it recebeu diretamente 516.227 visitas.
Gra�as a outros s�cios como Cnmi, The New York Times, Kommersant Publishing House, Tencent Video, Asahi Shimbun, os desfiles foram transmitidos para todo o mundo.
Segundo estudo da Dmr, os desfiles de Mil�o atingiram mais de 618 milh�es de usu�rios por meio das redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e Weibo).
Embora o setor da moda tenha registado uma queda brutal, de 45% do seu faturamento durante o confinamento for�ado no segundo trimestre, estima-se que em todo o �ltimo ano tenha perdido 26%.
Um forte golpe para a ind�stria da moda, que ainda assim fecha com balan�a comercial positiva de 17,4 bilh�es de euros (21,1 bilh�es de d�lares) nos primeiros 10 meses de 2020, segundo dados da Confedera��o dos Industriais da Moda, Confindustria Moda.
No estudo Fashion Economic Trends, apresentado pela Camera della Moda no in�cio do m�s, analisa-se como as vari�veis do v�rus podem afetar a recupera��o do setor a m�dio e longo prazo, assim como o sucesso da campanha de vacina��o e as pol�ticas de recupera��o e apoio empresarial.
O cen�rio favor�vel pressup�e a supera��o gradual da pandemia ao longo de 2021, gra�as a uma campanha de vacina��o eficaz e � dinamiza��o econ�mica.
Nesse caso, o faturamento da ind�stria da moda italiana poderia crescer dois d�gitos, em torno de 15%.
MIL�O