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Estado de Minas INTERNACIONAL

Pa�ses europeus divergem sobre adotar passaporte da vacina e abrir fronteiras


25/02/2021 08:19

A Uni�o Europeia (UE) come�a a debater nesta quinta-feira, 25, a emiss�o de certificados de vacina��o contra a covid-19. Alguns governos, como Gr�cia e Espanha, pressionam pela ado��o de um "passaporte da vacina", para que as pessoas voltem a viajar pelo bloco. Mas outros pa�ses, como Fran�a e Alemanha, est�o relutantes e acreditam que isso, na pr�tica, tornaria a vacina��o obrigat�ria e discriminaria os que n�o podem ou n�o querem ser imunizados.

Com a crescente press�o pelo avan�o da vacina��o e vendo seus membros tomando decis�es isoladas para conter a pandemia, a sede da UE em Bruxelas virou um "gabinete de crise" que tenta restaurar a confian�a dos pa�ses na capacidade do bloco de dar uma resposta coordenada � quest�o.

Para encontrar um direcionamento comum, uma c�pula virtual com os 27 chefes de Estado e de governo da UE foi convocada para debater como acelerar o combate � pandemia, produzir mais vacinas e definir a ado��o de "passaportes de vacina��o", para tentar abrir as fronteiras dentro do bloco. "Por ser uma quest�o pol�tica, acho importante que todos tenham uma chance de participar", disse Ursula von der Leyen, presidente da Comiss�o Europeia.

Os atrasos na campanha de vacina��o e o aumento da curva de cont�gio em alguns pa�ses europeus provocaram uma divis�o no bloco. Alguns membros come�aram a fechar suas fronteiras para cidad�os europeus, o que vai de encontro ao princ�pio de livre circula��o de pessoas e de mercadorias da UE.

Advert�ncias

As restri��es fizeram Bruxelas emitir uma advert�ncia a seis pa�ses - B�lgica, Dinamarca, Finl�ndia, Alemanha, Hungria e Su�cia - por imporem restri��es fronteiri�as, incluindo a proibi��o de entrada e sa�da de pessoas e de bens. Os seis ter�o dez dias para responder � Comiss�o Europeia sobre a suspeita de viola��o das diretrizes do bloco.

Um dos casos mais problem�ticos foi o fechamento da fronteira da Alemanha com a �ustria, no dia 11, o que provocou uma crise diplom�tica, com o embaixador alem�o em Viena sendo convocado para justificar a medida.

Em janeiro, a UE publicou diretrizes sobre o combate ao coronav�rus, recomendando que os pa�ses mantivessem suas fronteiras abertas e "desencorajassem" viagens n�o essenciais, permitindo a op��o de impor testes e quarentena aos viajantes vindos de �reas de alto n�vel de infec��o. O objetivo � evitar que se repita o cen�rio visto nos primeiros meses da pandemia, em 2020, quando uma s�rie de decis�es unilaterais causaram caos nas fronteiras e amea�aram as cadeias de abastecimento no continente.

Para acelerar a reabertura das fronteiras, alguns pa�ses que foram duramente afetados pela interrup��o do turismo, como Gr�cia, Espanha e It�lia, defendem a ado��o de um certificado de vacina��o que libere as viagens pelo bloco. Mas outros, como na Fran�a, onde o movimento antivacina � forte, o governo se comprometeu a n�o tornar a imuniza��o obrigat�ria e considera "prematura" a ideia de um passaporte.

Os cr�ticos do presidente franc�s, Emmanuel Macron, no entanto, dizem que seu governo � contra o certificado porque tem um dos programas de vacina��o mais atrasados da Europa - at� agora, a Fran�a vacinou apenas 2,5 milh�es de pessoas.

Autoridades europeias disseram que Bruxelas est� trabalhando em conjunto com a Associa��o Internacional de Transporte A�reo, com a Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) e com a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) para retomar as viagens.

Os certificados de imuniza��o, por�m, tamb�m levantam quest�es legais, segundo autoridades da UE, porque os �ltimos na fila de vacina��o podem alegar que tiveram sua liberdade de movimento injustamente limitada. Tamb�m n�o h� orienta��o da OMS e das ag�ncias europeias sobre a possibilidade de aqueles que receberam duas doses da vacina poderem infectar outras pessoas.

Vacina��o

A busca por uma solu��o conjunta vem em um momento de cobran�a por imunizantes. Ontem, a Hungria come�ou a usar a vacina da chinesa Sinopharm, ainda n�o autorizada pela UE. O governo h�ngaro j� havia autorizado o uso da russa Sputnik V, que tamb�m n�o teve aval de Bruxelas.

Para conter a insatisfa��o, Ursula von der Leyen afirmou nesta quarta, 24, que a campanha de imuniza��o da UE est� quase alcan�ando os patamares do Reino Unido - que vem sendo usado como par�metro por outros pa�ses europeus ap�s deixar o bloco. Em entrevista ao jornal alem�o Augsburger Allgemeuine, ela disse compreender a "impaci�ncia" pela vacina��o.

"Compreendo que, agora que a vacina est� dispon�vel, os cidad�os queiram ser vacinados o mais r�pido poss�vel", disse Von der Leyen. "Estamos tirando o atraso. O Reino Unido aplicou 17 milh�es de primeiras doses. A UE, 27 milh�es. A It�lia, com popula��o igual � do Reino Unido, vacinou duas vezes mais gente." No geral, por�m, os brit�nicos est�o � frente, tendo vacinado 27% da popula��o, enquanto a UE imunizou apenas 6%.

Em parte, o atraso pode ser justificado pela demora na entrega da vacina por fornecedores como AstraZeneca, Moderna e Pfizer. No fim de janeiro, uma investiga��o chegou a ser aberta para identificar se vacinas produzidas no bloco pela AstraZeneca haviam sido destinadas ao Reino Unido. Na ter�a-feira, a empresa negou relatos de que entregaria menos da metade das vacinas compradas e garantiu que aumentaria a produ��o para cumprir o acordo de fornecimento de 180 milh�es de doses. (COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS)
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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