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Estado de Minas ASPISHEIM

Ca�adores alem�es buscam carne '�tica'


25/02/2021 11:13

Com dreads e piercings no nariz, Shanna Reis n�o tem o t�pico perfil dos ca�adores que encurralam suas presas. Esta alem� de 28 anos deseja encarnar uma nova gera��o que se preocupa em controlar a carne que chega aos seus pratos.

Vegetariana h� uma d�cada, esta viticultora voltou a ser carn�vora desde que obteve sua licen�a de ca�a h� cinco anos. Ela consome apenas carne de presas selvagens e, se poss�vel, ca�adas por ela.

"� importante saber de onde vem a carne que como", explica Shanna, com o rifle no ombro e acompanhada de um de seus tr�s cachorros em meio �s vinhas que cercam a cidade de Aspisheim, perto de Mainz (centro-oeste).

A licen�a de ca�a � cada vez mais popular na Alemanha, o principal pa�s consumidor de carne de porco da Uni�o Europeia, onde um poderoso setor industrial mata mais de 55 milh�es de porcos e 3,5 milh�es de bois todos os anos.

A imagem ruim associada a esta produ��o em massa se agravou ainda mais durante a pandemia de covid-19, devido � onda de surtos de infec��o que apareceram nos matadouros, principalmente entre os funcion�rios de T�nnies, l�der do setor.

Esses epis�dios revelaram as escandalosas condi��es de trabalho dos subcontratados estrangeiros desta ind�stria que vende carne a um pre�o baixo.

- Mais licen�as -

A ideia de consumir as presas que se ca�a est� ganhando espa�o na Alemanha, de acordo com a federa��o nacional da ca�a "Jagdverband". No final de 2020, esta entidade contava com "cerca de 390.000" associados, o que corresponde a "um quarto a mais do que h� 30 anos", segundo sua porta-voz, Anna Martinsohn.

De qualquer modo, este n�mero continua longe do de ca�adores na Fran�a - cerca de um milh�o em 2019, mas que caiu pela metade em 40 anos.

Na Alemanha, 19.000 candidatos tentaram obter licen�as de ca�a no ano passado. O pedido de quatro a cada cinco candidatos foi aceito, ou seja, "duas vezes mais que h� dez anos", aponta Martinsohn.

Ativa nas redes sociais, Shanna Reis quer dar uma imagem menos cruel � ca�a.

"Tamb�m � necess�rio projetar bi�topos, discutir com os agricultores e a economia florestal", explica.

Os ca�adores tamb�m devem levar em conta a regulamenta��o dos animais selvagens defendida por guardas florestais e agricultores. Estes defendem uma matan�a maior, j� que os cervos comem os brotos das �rvores jovens e os javalis pisoteiam os campos de milho.


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