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Estado de Minas CARACAS

Com uma ind�stria 'afundada', a Venezuela perde o trem da alta do petr�leo


01/03/2021 14:48

Com uma ind�stria petrol�fera devastada e duras san��es dos Estados Unidos que dificultam o com�rcio de petr�leo, a Venezuela perder� o trem da alta dos pre�os, que est� levando o ouro negro a seus n�veis mais altos em um ano ap�s o impacto da pandemia, concordam analistas.

O pre�o da cesta da Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep) ficou em m�dia 54,38 d�lares por barril em janeiro, enquanto o petr�leo de refer�ncia da Venezuela, Merey, ficou em 37,40 d�lares.

O petr�leo � o principal produto de exporta��o e fonte de divisas da Venezuela.

A capacidade da ind�stria venezuelana de aproveitar a alta de pre�os impulsionada pela onda de frio que paralisou as principais regi�es petrol�feras dos Estados Unidos est� em quest�o, destacou o assessor de petr�leo Carlos Mendoza Potell�.

A produ��o da petroleira estatal PDVSA recuou aos n�veis das d�cadas de 1930 e 1940. O abastecimento come�ou em 2021 com ligeira recupera��o, segundo dados da Opep, mas mal chegou a 487 mil barris por dia em janeiro, longe dos mais de 3 milh�es de barris que esta na��o petrol�fera colocou no mercado quando o presidente socialista Nicol�s Maduro chegou ao poder em 2013.

Maduro prometeu elevar a produ��o para 1,5 milh�o por dia neste ano, mas os especialistas est�o c�ticos, em uma economia que amarga sete anos de recess�o.

"� imposs�vel (melhorar a produ��o) nas circunst�ncias cr�ticas em que se encontra a ind�stria do petr�leo venezuelana, mesmo que amanh� as san��es sejam suspensas (...). N�o estamos no piso, mas em uma cova", disse Mendoza o AFP.

"O impacto ser� bastante limitado", diz o especialista em petr�leo Luis Oliveros.

"H� um limite (de possibilidade de aumento da produ��o) devido aos problemas que a PDVSA tem para vender seu petr�leo por conta das san��es", explicou.

Anos de baixo investimento, m� gest�o e corrup��o afundaram a ind�stria petrol�fera da Venezuela, dizem os especialistas.

As san��es de Washington para tentar tirar Maduro do poder agravaram a situa��o com a proibi��o do com�rcio de petr�leo venezuelano, em vigor desde abril de 2019.

"Chegamos a uma situa��o extrema com as san��es", diz Maduro. "Ficamos 14 meses sem vender uma gota de �leo."

A AFP tentou contatar, sem resposta, porta-vozes da PDVSA e do Minist�rio do Petr�leo.

- "Investimentos maci�os" -

O presidente espera que a pol�mica lei antibloqueio, aprovada em outubro, redirecione a produ��o.

O texto lhe confere poderes especiais para "desaplicar" regras cuja validade seja "contraproducente" devido �s san��es e, al�m disso, declara "secretos" todos os atos derivados da sua execu��o.

No entanto, o v�cuo entre promessas e a��es � grande.

O Instituto Baker da American Rice University estimou que a Venezuela poderia aumentar sua produ��o para cerca de 1 milh�o de barris por dia em curto prazo e recuperar um n�vel de 2,5 a 3 milh�es em uma d�cada. No entanto, indica que a ind�stria "requer investimentos maci�os" entre 10.000 e 12.000 milh�es de d�lares anuais.

"Diante do colapso da PDVSA e da enorme d�vida externa do pa�s, que ultrapassa os 140 bilh�es de d�lares, o esfor�o de investimento deve ser feito em grande parte por empresas estrangeiras, incluindo os Estados Unidos", acrescenta em relat�rio.

Maduro, que convidou o governo Joe Biden a "um novo caminho" nas rela��es Caracas-Washington, disse que h� "portas abertas" aos investidores.

Al�m disso, o "mercado natural" do �leo pesado venezuelano s�o os Estados Unidos, com toda a estrutura necess�ria para seu refino, afirma Oliveros.

A este diferencial devido �s condi��es do complexo bruto pesado a ser refinado, devemos somar, segundo Mart�nez Potell� e Oliveros, os descontos que a Venezuela deve oferecer a empresas na �ndia e na China, para onde redirecionou a produ��o que tradicionalmente envia aos Estados Unidos, e que temem as consequ�ncias das san��es.

Os tempos de boom vivido por uma d�cada a partir de 2004, em que o pa�s com as maiores reservas de petr�leo recebeu 750 bilh�es de d�lares das exporta��es de petr�leo, est�o cada vez mais distantes.


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