Cidade argentina registra confrontos ap�s an�ncio de retorno a quarentena estrita

Confrontos entre a pol�cia e manifestantes sacudiram nesta sexta-feira (5) a cidade argentina de Formosa, norte do pa�s, durante um protesto provocado pela decis�o das autoridades provinciais de retornar � fase mais estrita da quarentena devido � pandemia.

For�as de seguran�a reprimiram com g�s e balas de borracha centenas de manifestantes que se dirigiam � sede do governo da prov�ncia de Formosa, no centro da cidade de mesmo nome, onde derrubaram barreiras de seguran�a.

A prov�ncia de Formosa est� fechada e n�o permite a entrada de pessoas de outras regi�es do pa�s. Em janeiro houve den�ncias de abusos nos centros de isolamento para doentes e suspeitos de covid-19.

Fronteiri�a com o Paraguai, � uma das prov�ncias que adotaram medidas mais duras para conter a pandemia. No �ltimo ano, acumula pouco mais de 1.300 casos.

Os manifestantes, muitos deles trabalhadores da economia informal, avan�aram aos gritos de "Queremos trabalhar!".

Cerca de 60 pessoas foram presas, denunciou a vereadora Gabriela Neme, que fraturou o bra�o durante o protesto. Segundo a Associa��o de Entidades Jornal�sticas da Argentina, um jornalista foi ferido por balas de borracha e uma colega foi detida durante a cobertura do protesto.

Imagens da forte repress�o se multiplicaram nas redes sociais.

Os manifestantes protestavam contra o an�ncio do governador Gildo Insfr�n de que, nas pr�ximas duas semanas, Formosa passar� � fase 1 da quarentena, a de maior restri��o a atividades, ap�s a confirma��o de 17 novos casos de covid-19 nesta cidade de 250.000 habitantes.

"Um grupo que n�o concorda com as decis�es sanit�rias recorreu � viol�ncia extrema para fazer suas reivindica��es. Nada justifica esse tipo de a��o violenta. Fazemos um chamado � reflex�o e convidamos a que todas as suas reivindica��es sejam feitas de forma pac�fica", declarou o ministro de governo provincial Jorge Abel Gonz�lez, ao ratificar o endurecimento das restri��es.

A repress�o aos protestos foi repudiada por partidos da oposi��o e tamb�m pelo governo do presidente Alberto Fern�ndez, um peronista de centro esquerda, assim como pelo governador Insfr�n.

O escrit�rio das Na��es Unidas na Argentina tamb�m expressou sua "preocupa��o" e pediu que se garanta o respeito aos direitos humanos no �mbito das pol�ticas sanit�rias contra a covid-19.

A Argentina supera 1,2 milh�o de infectados e 52 mortes por coronav�rus, em um pa�s de 44 milh�es de habitantes.