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Estado de Minas INTERNACIONAL

Caso George Floyd: julgamento de ex-policial tem 1� desafio na escolha do j�ri


08/03/2021 13:13

Est� marcado para esta segunda-feira, 8, o in�cio do julgamento de Derek Chauvin, ex-policial de Minneapolis acusado pela morte, em maio do ano passado, de George Floyd. O caso, que impulsionou protestos contra o racismo nos EUA e em todo o mundo, tem sido visto como um referendo sobre a viol�ncia policial contra os negros americanos.

O primeiro passo do julgamento ser� a triagem dos jurados que avaliar�o as acusa��es. O juiz reservou tr�s semanas apenas para a escolha do j�ri, ciente das dificuldades em encontrar pessoas imparciais sobre o caso que convulsionou a na��o.

O tribunal enviou, ainda no ano passado, um question�rio de 16 p�ginas aos poss�veis jurados, perguntando o que eles sabiam sobre a morte de Floyd em 25 de maio, ap�s sua pris�o em frente a uma mercearia em Minneapolis. Entre as perguntas, estavam quest�es como: "viram o v�deo da morte de Floyd?", "participaram dos protestos que se seguiram?" e "o que acham do movimento Black Lives Matter?".

Chauvin, de 44 anos, � acusado de homic�dio em segundo grau, com pena de at� 40 anos de pris�o, e homic�dio culposo. Na sexta-feira, 5, o Tribunal de Apela��es de Minnesota ordenou que o tribunal inferior reconsiderasse o pedido dos promotores para tamb�m restabelecer uma terceira acusa��o, de homic�dio em terceiro grau. N�o ficou claro se essa ordem poderia atrasar os procedimentos.

Ele ser� julgado em um tribunal no Centro Governamental do Condado de Hennepin, uma torre no centro de Minneapolis agora cercada por cercas e barricadas de concreto por medo de perturba��o pelos manifestantes. Ele foi libertado da pris�o por fian�a de US$ 1 milh�o em outubro passado.

Os advogados de Chauvin t�m at� 15 contesta��es perempt�rias pelas quais podem excluir um jurado sem precisar citar um motivo, enquanto os promotores do gabinete do procurador-geral de Minnesota t�m nove. Se um lado suspeita que o outro est� desafiando um jurado com base em sua ra�a, etnia ou sexo, eles podem pedir ao juiz que anule. Os advogados de Chauvin devem desafiar a escolha de jurados que mostram apoio ao movimento antirracista.

O julgamento ocorre ap�s meses de protestos daqueles que querem que o sistema de justi�a criminal responsabilize a pol�cia pelo caso de Floyd, principalmente depois que outros casos emblem�ticos, como as mortes de Breonna Taylor, em Louisville, e Daniel Prude, em Rochester, n�o resultaram em acusa��es.

O que esperar do julgamento

Os promotores provavelmente mostrar�o o v�deo no tribunal tanto quanto o juiz permitir, para argumentar que o uso da for�a por Chauvin violou a pol�tica do Departamento de Pol�cia e que ele cometeu assassinato ao manter o joelho no pesco�o de George Floyd mesmo depois que ele ficou em sil�ncio.

A defesa tentar� retratar o que muitos veem como um simples conjunto de fatos capturados em v�deo como algo mais complicado, provavelmente argumentando que o uso de drogas e as condi��es de sa�de subjacentes de Floyd foram a verdadeira causa de sua morte.

Minneapolis, onde os bairros e lojas ainda carregam as cicatrizes dos saques, inc�ndios e depreda��es durante o per�odo de convuls�o social do ano passado, est� se preparando para uma nova agita��o caso Chauvin seja absolvido. Barreiras de concreto ao redor de pr�dios do governo e cercas altas com arame farpado transformaram o centro da cidade em uma fortaleza e um dos locais mais populares para grandes manifesta��es foi bloqueado. Soldados da Guarda Nacional ficar�o de guarda.

A fam�lia de Floyd se reunir�, junto com ativistas da justi�a social e l�deres dos direitos civis como o reverendo Al Sharpton, que recentemente disse aos rep�rteres que Derek Chauvin "linchou George Floyd com o joelho". H� temores de que membros dos mesmos grupos de supremacia branca que saquearam o Capit�lio em 6 de janeiro possam ir at� o local.

Dentro da corte, a preocupa��o � com a forma��o do j�ri. Alguns especialistas em justi�a criminal temem que os 12 jurados e quatro suplentes resultantes da escolha n�o inclua nenhum negro e que isso possa prejudicar a percep��o p�blica da validade de qualquer eventual veredicto.

"Em um mundo ideal, voc� quer algu�m que n�o formou uma opini�o", disse Aviva Orenstein, professora de direito da Indiana University Maurer School, em uma entrevista. "Voc� conhece um negro que n�o formou uma opini�o sobre George Floyd?". Cerca de um quinto dos residentes de Minneapolis s�o negros.

"O que todos n�s dever�amos querer � um j�ri que represente a gama de pontos de vista e opini�es e caracter�sticas demogr�ficas da comunidade", disse Valerie Hans, professora de direito da Universidade Cornell que estuda o sistema de j�ri, em uma entrevista. "Isso deve incluir pessoas que talvez tenham estado em protestos e tenham uma variedade de pontos de vista sobre as quest�es relacionadas", afirmou (Com ag�ncias internacionais).


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