"Queremos ficar livres, vivas e sem medo", diziam cartazes carregados pelas manifestantes, que tamb�m exigiam uma "reforma judici�ria feminista".
Mais de 60 mulheres foram v�timas de feminic�dios desde o in�cio de 2021 na Argentina.
Sob o lema "parem de nos matar", grupos pol�ticos de esquerda, organiza��es sociais e sindicais se reuniram em Buenos Aires, com concentra��o em frente ao Parlamento argentino, e em todas as cidades do pa�s.
A manifesta��o de Buenos Aires ficou, no entanto, menos lotada do que o normal, devido �s restri��es impostas pela pandemia da covid-19.
Em 2020, 295 femic�dios foram cometidos no pa�s, com m�dia de cinco por semana e um a cada 29 horas, segundo o Observat�rio do Femic�dios da Defensoria P�blica da Na��o (OFDPN). A isso se somam ainda as v�timas colaterais: 212 crian�as que ficaram sem suas m�es.
No primeiro 8 de mar�o desde que a Argentina aprovou a legaliza��o do aborto em dezembro do ano passado, dezenas de tweets se espalharam com a hashtag #NadaqueFestejar, #NiunaMenos (Nem uma a menos) e #8M. "Deseje-me feliz dia no dia em que n�o tiver que avisar que cheguei bem", dizia uma mensagem compartilhada nas redes.
O presidente Alberto Fern�ndez pediu, por sua vez, a revis�o da "rea��o institucional ao feminic�dio, que � lenta ou inexistente", ao assinar nesta segunda um acordo com os governadores para promover pol�ticas efetivas contra a viol�ncia de g�nero.
BUENOS AIRES