Protestos foram registrados em v�rios pontos do pa�s, que foram dispersados com g�s lacrimog�neo e bombas de efeito moral, de acordo com a imprensa local. Mas n�o foram constatados epis�dios violentos, ao contr�rio do que aconteceu na segunda-feira.
Na segunda-feira � noite, centenas de manifestantes, incluindo muitas birmanesas que celebravam o Dia Internacional da Mulher, foram encurralados durante horas no bairro de Sanchaung, cen�rio de grandes protestos nos �ltimos dias.
As for�as de seguran�a entraram em v�rias casas para procurar detratores do regime. Quem esconder manifestantes ser� punido, advertiu a imprensa estatal.
"A pol�cia inspecionou todas as casas desta rua. Entraram no nosso apartamento, mas n�o escondemos ningu�m e foram embora", contou um morador.
"Falaram para n�o olharmos para eles ou atirariam", disse outro, antes de explicar que as casas que tinham em suas janelas e varandas bandeiras da Liga Nacional pela Democracia (LND), partido de Aung San Suu Kyi, foram alvos da opera��o, que terminou com dezenas de pessoas detidas.
Para apoiar os manifestantes cercados, centenas de habitantes desafiaram o toque de recolher imposto pelas autoridades e sa�ram �s ruas. "Libertem os estudantes", gritaram.
As for�as de seguran�a usaram bombas de efeito moral para tentar dispersar os opositores.
Os manifestantes conseguiram sair do bairro nas primeiras horas do dia.
"A paci�ncia do governo acabou", afirmou a imprensa estatal, ap�s cinco semanas de manifesta��es pr�-democracia di�rias.
Uma s�rie de atos que provocaram, novamente, as condena��es da comunidade internacional. A ONU pediu "m�xima modera��o" ao ex�rcito.
- Captura -
A junta continua com a repress�o para tentar sufocar a insurrei��o pac�fica contra o golpe de Estado que derrubou Aung San Suu Kyi no dia 1� de fevereiro.
Na segunda-feira, a jornada de protestos terminou com tr�s manifestantes mortos e v�rios feridos.
Nesta ter�a-feira, um membro do LND ligado ao governo civil, Zaw Myat Linn, morreu durante um interrogat�rio, anunciou o Associa��o de Assist�ncia aos Presos Pol�ticos (AAPP), que contabiliza 60 civis mortos desde o golpe de Estado.
Mais de 1.800 pessoas foram presas nas �ltimas semanas, e cada vez mais ocorrem ataques contra ONGs, m�dia e pol�ticos.
Um dia depois de uma opera��o da pol�cia na ag�ncia de not�cias Myanmar Now, nesta ter�a-feira os agentes compareceram � sede do meio de comunica��o independente Mizzima.
O minist�rio da Informa��o revogou a licen�a do Mizzima e de outros meios de comunica��o independentes (Myanmar Now, DVB, Khit Thit e 7 Day).
Muitos dirigentes da Liga Nacional para a Democracia tamb�m foram detidos e um l�der local do partido morreu na repress�o.
- Controle dos hospitais -
Os militares confirmaram que assumiram o controle dos hospitais p�blicos e campi universit�rios, de acordo com eles "a pedido de cidad�os que n�o querem ver instabilidade em seu pa�s".
M�dicos, professores, advogados e funcion�rios p�blicos se declararam em greve desde o golpe de Estado. A convoca��o de desobedi�ncia civil tem um forte impacto em setores como a administra��o p�blica, os bancos e o os hospitais.
A junta militar advertiu que os funcion�rios que n�o retornassem ao trabalho seriam demitidos.
No �mbito diplom�tico, o embaixador birman�s no Reino Unido seguiu os passos do seu hom�logo na ONU e na segunda-feira distanciou-se da a��o do regime militar, exigindo "a liberta��o de Aung San Suu Kyi", de quem era convocado por seu governo.
Os generais ignoram os protestos da comunidade internacional, dividida sobre o tema.
Reino Unido, Estados Unidos e outros pa�ses ocidentais adotaram san��es seletivas, mas China e R�ssia, aliados do ex�rcito birman�s, n�o condenaram o golpe de Estado.
O Conselho de Seguran�a da ONU n�o alcan�ou um acordo sobre uma declara��o conjunta e prosseguir� com as negocia��es esta semana.
YANGON