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Estado de Minas YANGON

ONU condena 'firmemente' a repress�o militar em Mianmar


10/03/2021 19:42 - atualizado 10/03/2021 19:51

O Conselho de Seguran�a da ONU condenou "firmemente", nesta quarta-feira (10) a repress�o em Mianmar, onde centenas de policiais e soldados lan�aram uma opera��o em Yangon contra trabalhadores ferrovi�rios em greve e oponentes da junta militar golpista.

O documento, adotado por seus 15 membros - entre eles a China e a R�ssia - critica os militares de uma forma sem precedentes e e pede "maior conten��o", embora n�o mencione a palavra "golpe" ou poss�veis san��es.

Os Estados Unidos, contudo, anunciaram pouco depois o congelamento em territ�rio americano dos ativos dos dois filhos do chefe da junta militar de Mianmar, Min Aung Hlaing, "em resposta ao golpe" e "a matan�a brutal de manifestantes pac�ficos".

O Conselho de Seguran�a, que "condena firmemente a viol�ncia contra manifestantes pac�ficos, incluindo mulheres, jovens e crian�as", pede �s partes que "busquem uma solu��o pac�fica", de acordo com o texto acordado pela AFP.

O documento elaborado pelo Reino Unido, uma ex-pot�ncia colonial, tamb�m pede "a liberta��o imediata de todos os detidos arbitrariamente" desde 1� de fevereiro, quando os generais derrubaram o governo civil de Aung San Suu Kyi.

Aproveitando a divis�o at� ent�o na comunidade internacional, que enfrentou vetos de Moscou e Pequim, tradicionais aliados da junta militar, os generais mantiveram a repress�o.

Centenas de policiais e ve�culos militares foram mobilizados ao redor da �rea de moradia dos funcion�rios da esta��o Ma Hlwa Gone, na zona leste da capital econ�mica do pa�s.

"Bloqueiam as portas (dos apartamentos) e as destroem para entrar", contou � AFP uma familiar de um funcion�rio, que pediu anonimato por temer repres�lias

De acordo com a mulher, que expressou sua preocupa��o "pelos trabalhadores" e suas fam�lias, cerca de 800 funcion�rios participam do movimento de desobedi�ncia civil nesta esta��o.

- "Centenas de deten��es" -

M�dicos, professores, funcion�rios de empresas de energia el�trica e das ferrovias pararam de trabalhar desde o golpe de Estado.

Os principais sindicatos convocaram a "paralisa��o total da economia" para tentar interromper as atividades no pa�s e aumentar a press�o sobre os militares.

A junta ordenou que o retorno dos funcion�rios ao trabalho em 8 de mar�o e amea�ou os grevistas de demiss�o e repres�lias.

Desde o golpe de Estado, o pa�s � cen�rio de protestos di�rios. Na quarta-feira, uma forte presen�a policial e militar foi vis�vel em Yangon, onde barricadas improvisadas foram incendiadas por manifestantes.

No bairro de Okkalapa, foram feitas "centenas de deten��es", segundo um salva-vidas. "Alguns manifestantes foram espancados, h� feridos", acrescentou.

"Pedimos �s for�as de seguran�a que se retirem da �rea, libertem os detidos e permitam que as pessoas saiam com seguran�a", tuitou a embaixada dos Estados Unidos, relatando que jovens foram cercados naquela �rea de Yangon.

A junta parece mais determinada do que nunca a impor o regime, com opera��es em edif�cios residenciais, hospitais, universidades, deten��es em larga escala e o uso de muni��o letal.

Ao menos 60 civis morreram e quase 2.000 pessoas foram detidas desde fevereiro, segundo a Associa��o para a Assist�ncia aos Presos Pol�ticos.

- Refugiados na �ndia -

Os militares tamb�m executaram opera��es contra meios de comunica��o independentes e revogaram as licen�as de opera��o. Quase 20 jornalistas foram detidos.

O ex�rcito nega envolvimento na morte de manifestantes e justifica o uso da for�a alegando fraudes nas elei��es legislativas de novembro, vencidas por ampla margem pelo partido de Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional pela Democracia (LND).

Os deputados que n�o reconhecem a legitimidade da junta, e que criaram um comit� para representar o governo civil, s�o acusados de "alta trai��o", delito que pode ser punido com a pena de morte ou uma senten�a de 22 anos de deten��o, advertiram os militares.

Dois l�deres da LND morreram quando estavam em deten��o nos �ltimos dias.

Nesse contexto, pelo menos 136 birmaneses se refugiaram na �ndia desde o golpe e dezenas de outros aguardam na fronteira para faz�-lo, anunciaram as autoridades indianas.

O golpe gerou condena��es e san��es de Washington e da Uni�o Europeia, mas, indo contra a mar�, o Sri Lanka convidou o novo ministro das Rela��es Exteriores de Mianmar para falar sobre coopera��o econ�mica.


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