As �reas protegidas tiveram de limitar, ou interromper, temporariamente suas atividades: algumas suspenderam as patrulhas contra a ca�a furtiva, suas atividades de prote��o e de educa��o, ou cortaram empregos, devido � queda do turismo, segundo a UICN, uma das ONGs mais importantes em n�vel mundial sobre preserva��o da biodiversidade.
Seu artigo, publicado em sua revista Parks, baseia-se em dez pesquisas on-line realizadas em 90 pa�ses de todos os continentes, exceto a Ant�rtica.
Concretamente, mais da metade das �reas protegidas da �frica cancelou, ou reduziu, as patrulhas e opera��es contra a ca�a furtiva, assim como suas atividades educativas e de divulga��o. Na �sia, essas medidas afetaram 25% das �reas protegidas.
Na Am�rica do Norte e do Sul, na Europa e Oceania, a maioria conseguiu manter suas atividades principais, apesar dos confinamentos e da perda de renda procedente do turismo, segundo a UICN.
"Houve um aumento da ca�a furtiva em outro n�vel", especialmente para comer, diz Adrian Philips, editor desta edi��o especial da revista Parks.
"Os guardas florestais foram confinados, ou perderam seu trabalho (...). Comunidades pobres, que dependiam do turismo, se deram conta de que n�o podiam sobreviver sem esta ca�a", acrescentou.
- Precariedade dos guardas florestais -
Uma pesquisa realizada em mais de 60 pa�ses mostrou que 25% dos guardas florestais lidaram com uma redu��o, ou com o atraso de seus sal�rios, e que 20% perderam o emprego, devido �s demiss�es geradas pela covid-19. Esta situa��o afeta especialmente a Am�rica Central e Caribe, Am�rica do Sul, �frica e �sia.
Na Am�rica do Norte e na regi�o do Mediterr�neo, surgiram outros problemas: a aus�ncia de turistas beneficiou a natureza em lugares geralmente muito frequentados, mas, em alguns casos, os animais se aproximaram das �reas habitadas, gerando novos desafios.
No Mediterr�neo, algumas reservas sofreram uma avalanche de visitas no fim dos confinamentos, devido a um aumento do turismo nacional.
"N�o podemos permitir que a crise atual comprometa ainda mais o nosso meio ambiente", declarou Rachel Golden Kroner, da ONG Conservation International, citada no comunicado.
"A ci�ncia nos mostra claramente que devemos agir com urg�ncia para preservar melhor" a natureza e os espa�os protegidos, considerados como "um dos nossos melhores aliados contra a emerg�ncia de novas pandemias", disse Mariana Napolitano Ferreira, da WWF Brasil.
GENEBRA