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Estado de Minas G�MEOS

Estudo aponta 'boom' sem precedentes no mundo de nascimento de g�meos

Segundo a pesquisa, quase um em cada 40 beb�s que nascem no mundo s�o g�meos


12/03/2021 09:24 - atualizado 12/03/2021 10:44

Mayla e Sofia são gêmeas e moram em Campinas (SP)(foto: AFP / Nelson ALMEIDA)
Mayla e Sofia s�o g�meas e moram em Campinas (SP) (foto: AFP / Nelson ALMEIDA)
Nunca nasceram tantos g�meos no mundo, um fen�meno que se deve � dissemina��o da reprodu��o medicamente assistida e � idade mais tardia das gesta��es - afirmou um grupo de pesquisadores nesta sexta-feira (11/03).

Mais de 1,6 milh�o de pares de g�meos nascem a cada ano no mundo, ou seja, "quase um em cada 40 beb�s", segundo estudo publicado na revista especializada Human Reproduction.

Desde os anos 1980, a taxa global de nascimentos de g�meos aumentou em um ter�o, de 9,1 para 12 por cada 1.000 partos, ou seja, em apenas tr�s d�cadas, diz Gilles Pison, professor do Museu Nacional de Hist�ria Natural e pesquisador associado do Instituto Nacional de Estudos Demogr�ficos (INED), com sede na Fran�a.

Esse boom de g�meos � preocupante, porque com frequ�ncia eles nascem abaixo do peso correto, s�o prematuros, apresentam mais complica��es durante o parto e sofrem mais mortalidade do que os demais. Sem falar das dificuldades dos pais de cuidarem de dois beb�s ao mesmo tempo.

O aumento da frequ�ncia mundial de g�meos se deve unicamente ao aumento sem precedentes de gesta��es dos chamados "falsos g�meos" (de dois �vulos diferentes), que varia entre os continentes e de um per�odo para outro.

Os g�meos aut�nticos (monozig�ticos) nascem em todas as partes nas mesmas propor��es, com "uma taxa constante - de quatro partos de g�meos aut�nticos por 1.000 partos - que n�o varia com a idade da mulher, nem entre as regi�es", aponta Pison.

A reprodu��o medicamente assistida, que come�ou nos pa�ses ricos na d�cada de 1970, contribuiu para esse aumento de nascimentos m�ltiplos, assim como para as gesta��es tardias.

O n�vel sangu�neo de um horm�nio que interv�m no amadurecimento do �vulo e na ovula��o, o FSH, aumenta com a idade e faz subir a probabilidade de uma gravidez de g�meos, at� alcan�ar um pico aos 37 anos.

A partir dessa idade (se n�o se recorrer � procria��o medicamente assistida), a taxa de g�meos falsos diminui rapidamente, devido �s falhas da fun��o ovariana e ao aumento da mortalidade embrion�ria, explica o pesquisador.

Por continentes

Os avan�os t�cnicos na reprodu��o assistida permitem, h� anos, uma gravidez bem-sucedida, implantando-se um �nico embri�o e congelando os restantes. Isso significa que "talvez tenhamos alcan�ado um pico em termos de taxas de g�meos, sobretudo, nos pa�ses ricos", afirma o estudo.

Os autores deste trabalho - Gilles Pison, Christiaan Monden (Universidade de Oxford) e Jeroen Smits (Radboud University, Holanda) - se basearam em todos os dados dispon�veis para estimar a taxa de g�meos em diferentes pa�ses e descrever as mudan�as em tr�s d�cadas, comparando os per�odos 1980-1985 e 2010-2015.

Dos 3,2 milh�es de g�meos que nascem a cada ano, 1,3 milh�o deles nascem na �frica (650.000 pares), outros tantos, na �sia, e o restante, cerca de 600.000 crian�as, em outros continentes.

Se a �sia conta com tantos nascimentos de g�meos, � principalmente porque abriga 60% da humanidade.

O grande n�mero de g�meos na �frica (17%) se deve a uma taxa de natalidade muito maior do que em outros lugares e porque, al�m disso, o �ndice de g�meos j� era o mais alto do mundo.

No continente africano, a taxa � de 17,1 partos g�meos a cada 1.000, enquanto na Am�rica do Sul � de 9,3 para o per�odo 2010-2015, e na �sia, de 9,2.

A taxa de nascimentos de g�meos na Europa e na Am�rica do Norte h� 30 anos era quase a metade da registrada da �frica. Aumentou de forma significativa, por�m, chegando a 14,4 e 16,9 partos de g�meos por cada 1.000, respectivamente.


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