Ve�culo que transportava presidente argentino � apedrejado por manifestantes

Dezenas de pessoas atacaram com chutes e pedras neste s�bado (13) o ve�culo que transportava o presidente argentino, Alberto Fern�ndez, na prov�ncia de Chubut (sul), para onde ele viajou para constatar os danos dos gigantescos inc�ndios florestais, segundo imagens da imprensa local.

Fern�ndez deu uma coletiva de imprensa antes dos incidentes, durante a qual disse ter viajado para "ouvir o povo" e anunciou ajuda aos atingidos pelo inc�ndio.

Ao deixar um centro comunit�rio na cidade de Lago Puelo, Fern�ndez teve que ser protegido por um corredor humano do avan�o dos manifestantes em dire��o � comitiva presidencial.

Imagens de televis�o mostram o presidente correndo at� o seu carro e manifestantes batendo no vidro por v�rios minutos, enquanto a primeira-dama, Fabiola Ya�ez, tenta se levantar para observar e algu�m exige que ela permane�a sentada.

Os manifestantes interromperam a passagem do ve�culo que transportava Fern�ndez, socando e jogando pedras que quebraram os vidros, conforme observado nas imagens da rede TN e do jornal Clar�n.

Com uma presen�a policial escassa, a multid�o conseguiu bloquear os ve�culos que acompanhavam Fern�ndez por v�rios minutos, lan�ando-se inclusive contra a van presidencial. Depois de liberado, os carros sa�ram em alta velocidade entre os manifestantes.

Segundo o jornal Clar�n, os manifestantes protestavam contra projetos de minera��o na prov�ncia de Chubut e tamb�m contra o governador do distrito, Mariano Arcioni.

O ex-presidente e antecessor de Fern�ndez no cargo, o liberal Mauricio Macri, repudiou o ataque.

"A viol�ncia nunca � o caminho. Repudio o que aconteceu hoje em Chubut durante a visita do presidente. Qualquer diferen�a tem que ser resolvida por meio do di�logo", disse Macri no Twitter.

- Inc�ndios devastadores -

Fern�ndez percorreu neste s�bado a regi�o dos inc�ndios que deixaram um morto, 11 desaparecidos, dezenas de evacuados e mais de 200 casas destru�das pelas chamas que atingiram nesta semana a regi�o de florestas e lagos da Patag�nia argentina.

Os inc�ndios, supostamente intencionais segundo as autoridades, come�aram no in�cio da semana atingindo as cidades de Lago Puelo, El Bols�n, El Mait�n, Epuy�n, Futaleuf�, El Hoyo e Las Golondrinas, perto do sop� da Cordilheira dos Andes.

"H� 1.500 hectares de mata nativa consumidos", informou a Defesa Civil.Vers�es da imprensa falam de at� 15.000 hectares.

O cad�ver carbonizado de um trabalhador rural, desaparecido desde ter�a-feira, foi encontrado na cidade de El Mait�n, de acordo com as autoridades locais.

"O inc�ndio atingiu mais de 200 casas e ainda h� 11 pessoas, das quais n�o sabemos seu paradeiro", declarou o ministro do Meio Ambiente, Juan Cabandi�, a jornalistas, atualizando o n�mero de desaparecidos, que eram 15 na quarta-feira.

Nas prov�ncias de Chubut, R�o Negro e Neuqu�n, afetadas pelos inc�ndios, dezenas de brigadistas operam com o apoio de 12 carros de bombeiros, tr�s hidrantes e dois helic�pteros para conter as chamas.

Segundo o ministro, "a intencionalidade dos inc�ndios se manifesta a partir da simultaneidade no in�cio em sete localidades, que, em um per�odo de tr�s horas, tiveram um inc�ndio. Foi muito planejado".

Peritos come�aram a trabalhar para determinar as responsabilidades.

Os inc�ndios devoraram dezenas de milhares de hectares na Argentina no ano passado. Eles foram causados intencionalmente, principalmente para fins especulativos de plantio, ou imobili�rios, segundo o Minist�rio do Meio Ambiente.

As chamas nesta semana deixaram "danos tremendos", lamentou o ministro. "N�o h� �gua em Lago Puelo, em Epuy�n, em El Mait�n, ou em Las Golondrinas. N�o h� eletricidade", completou.