Esta � a �ltima grande regi�o da S�ria controlada por grupos rebeldes e extremistas, por isso eles n�o hesitaram em comemorar o anivers�rio do in�cio do levante contra o regime, que acabaria degenerando em um conflito devastador.
A guerra na S�ria causou mais de 388.000 mortes e expulsou 12 milh�es de pessoas de suas casas, segundo a ONU. O conflito causou destrui��o massiva e devastou a economia do pa�s.
"Viemos reiterar nosso compromisso, como fizemos em 2011 (...), de derrubar o regime (do presidente) de Bashar al-Assad", afirmou Hana Dahneen, que participou das primeiras manifesta��es h� 10 anos.
Na �poca, a ativista estava convencida de que a mudan�a era iminente, pois os regimes desp�ticos da Tun�sia, Egito e outros da regi�o ca�ram um ap�s o outro.
Mas este n�o foi o caso da S�ria. O levante, reprimido sangrentamente, aos poucos se transformou em um conflito devastador, com uma multid�o de diferentes atores e uma �nica grande v�tima: o povo.
"Esper�vamos derrubar o regime desde o primeiro dia, mas ele usou todas as suas armas contra um povo inocente e assim reprimiu a revolu��o", lamenta Hana.
"Continuaremos nossa aben�oada revolu��o, ainda que dure mais 50 anos", acrescenta com convic��o.
- "Fora Bashar!" -
Os manifestantes se apropriaram e gritaram lemas que ressoaram naquela revolta, que come�ou em 15 de mar�o de 2011, como "Liberdade, liberdade (...) a S�ria quer liberdade", "Fora Bashar" e "O povo quer a queda de o regime".
Alguns mostravam imagens de v�timas do conflito, outros a bandeira da "revolu��o" adotada no in�cio do levante.
Em outro telhado pr�ximo, dezenas de pessoas agitaram bandeiras enquanto observavam a pra�a lotada.
"� verdade que n�o conseguimos mudar nada em dez anos e � muito doloroso, mas s� nos resta continuar", declarou Yaman, um manifestante de 30 anos, � AFP.
Embora os combates tenham terminado quase completamente ap�s um cessar-fogo que entrou em vigor h� um ano em Idlib, a paz ainda encontra-se muito longe na S�ria. Em 2011, esta cidade imediatamente participou do movimento rebelde.
"Dez anos de crise s�ria infligiram sofrimento e dor humanos indescrit�veis", afirmou o alto comiss�rio da Ag�ncia das Na��es Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, em um comunicado na sexta-feira.
"O mundo n�o cumpriu suas obriga��es com os s�rios" e seu conflito se tornou "uma das crises de deslocamento mais importantes da atualidade", lamentou.
Em 2015, esta regi�o caiu nas m�os de uma coaliz�o de grupos rebeldes e isl�micos, incluindo Hayat Tahrir al sham, o ex-bra�o s�rio da Al Qaeda, ent�o conhecido como Frente Al Nusra.
O regime, com o apoio da for�a a�rea russa, realizou v�rias ofensivas neste local desde 2015, a mais recente das quais aconteceu no final de 2019, permitindo-lhe retomar metade do territ�rio da prov�ncia.
O cessar-fogo est� em vigor desde mar�o de 2020. A regi�o � habitada por cerca de tr�s milh�es de pessoas, a maioria das quais deslocadas de outras �reas ocupadas pelo regime nos �ltimos anos.
Apesar da trag�dia, Al Assad continua no poder e Damasco controla mais de 60% do territ�rio do pa�s.
IDLIB