"Seguimos firmemente convencidos de que os benef�cios da vacina da AstraZeneca na preven��o da covid-19, com seu risco associado de hospitaliza��o e morte, superam os riscos sobre estes efeitos colaterais", disse Emer, em coletiva de imprensa.
Pelo menos 15 pa�ses, incluindo Alemanha, Espanha, Fran�a e It�lia, suspenderam o uso da vacina da AstraZeneca preventivamente, depois que problemas sangu�neos foram relatados em pessoas vacinadas, como dificuldades de coagula��o.
"At� o momento, n�o h� provas de que a vacina��o tenha causado essas afec��es. N�o apareceram nos testes cl�nicos e n�o contam como efeitos colaterais conhecidos, ou esperados", disse Cooke, acrescentando que a EMA leva a situa��o "muito a s�rio".
Ao ser questionada sobre as vacinas da e da Moderna, Emer Cooke afirmou que est�o sendo analisados os efeitos adversos graves em "todas as vacinas".
O comit� de seguran�a da EMA se reuniu ontem, em sua sede em Amsterd�, para avaliar novas informa��es e deve chegar a uma conclus�o durante uma reuni�o especial na quinta-feira (18).
O grupo de especialistas em vacina��o da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) tamb�m se re�ne nesta ter�a-feira para discutir o imunizante desenvolvido pelo laborat�rio sueco-brit�nico em parceria com a Universidade de Oxford, ap�s a suspens�o anunciada por v�rios pa�ses da Europa, continente que superou 900.000 mortes provocadas pela covid-19.
Para evitar a desacelera��o das campanhas de imuniza��o, os governos se apressam a comprar outras vacinas: o Brasil, onde a pandemia n�o d� tr�gua, anunciou a aquisi��o de 100 milh�es de doses da enquanto a Uni�o Europeia estabeleceu com estes laborat�rios uma "acelera��o" da entrega de 10 milh�es de doses.
- "Sem v�nculo" -
"N�o queremos que as pessoas entrem em p�nico e, por enquanto, recomendamos que os pa�ses continuem a vacinar com a AstraZeneca", disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.
"At� agora, n�o encontramos uma liga��o entre estes eventos e a vacina", acrescentou.
No Reino Unido, que j� aplicou a primeira dose (da AstraZeneca ou em quase 24,5 milh�es de pessoas, o primeiro-ministro Boris Johnson reafirmou que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca com cientistas da Universidade de Oxford era "segura" e "extremamente" eficaz.
Al�m das d�vidas a respeito dos efeitos colaterais do f�rmaco, se somam os problemas de fornecimento do laborat�rio para a Uni�o Europeia e o bloco "n�o descarta" apresentar um recurso judicial contra o grupo farmac�utico, afirmou nesta ter�a-feira o secret�rio de Estado franc�s de Assuntos Europeus, Cl�ment Beaune.
Em outras regi�es do mundo, alguns pa�ses tamb�m decidiram suspender a aplica��o da vacina.
Na Am�rica Latina, o governo da Venezuela anunciou que n�o permitir� o uso, "em raz�o das situa��es, complica��es, apresentadas", segundo as palavras da vice-presidente Delcy Rodr�guez.
A Indon�sia, quarto pa�s mais populoso do mundo, tamb�m anunciou o adiamento da campanha com o imunizante da AstraZeneca.
Mas em outra na��o do sudeste asi�tico, a Tail�ndia, onde o uso tamb�m estava suspenso, nesta ter�a-feira a vacina come�ou a ser aplicada. O primeiro-ministro, Prayut Chan-O-Cha recebeu a primeira dose.
- 100 milh�es de doses para o Brasil -
No Brasil, o segundo pa�s do mundo mais afetado pelo v�rus com quase 280.000 mortes, o governo espera acelerar a campanha de vacina��o, muito lenta atualmente, com a compra de 100 milh�es de doses do f�rmaco da que ser�o entregues at� setembro.
O pa�s tamb�m anunciou a compra de 38 milh�es de unidades da Johnson & Johnson, o que eleva o total encomendas a 562,9 milh�es de doses at� o fim do ano.
As pol�micas prosseguem no governo de Jair Bolsonaro, que anunciou o cardiologista Marcelo Queiroga como ministro da Sa�de, o quarto a ocupar o cargo em menos de um ano, para substituir o general Eduardo Pazuello.
A segunda onda da pandemia est� em plena ascens�o no Brasil, com uma m�dia semanal de mais de 1.800 mortos por dia (contra 703 no come�o do ano), um crescimento potencializado por uma nova cepa do coronav�rus, pelo menos duas vezes mais contagiosa.
S�o Paulo iniciou na segunda-feira duas semanas de restri��es severas, com toque de recolher noturno, para enfrentar "o momento mais cr�tico" da pandemia, segundo o governador Jo�o Doria.
O Chile voltou a impor quarentena em nove munic�pios de Santiago depois de registrar pelo quinto dia consecutivo mais de 5.000 novas infec��es, quando o pa�s se aproxima das cinco milh�es de pessoas vacinadas.
Em todo o mundo, a covid-19 matou mais de 2,6 milh�es de pessoas e infectou mais de 122 milh�es.
Na Europa, continente mais afetado pela pandemia e que nesta ter�a-feira superou a marca de 900.000 �bitos, o aumento de cont�gios obrigou a imposi��o de novas restri��es.
Na Fran�a, os cientistas anunciaram a detec��o de uma nova variante na regi�o da Bretanha (oeste) e investigam se � mais transmiss�vel e perigosa.
- Testes em crian�as -
Neste contexto, a empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou nesta ter�a que come�ou os testes cl�nicos de sua vacina contra a covid-19 em crian�as com entre 6 meses a 12 anos, e que espera envolver cerca de 6.750 participantes.
"Estamos felizes em iniciar este estudo de fase do mRNA-1273 [o nome de sua vacina] em crian�as saud�veis nos Estados Unidos e Canad�", declarou o CEO da empresa, Stephane Bancel, em um comunicado.
"Este estudo pedi�trico nos ajudar� a avaliar a poss�vel seguran�a e imunogenicidade (capacidade de induzir a produ��o de anticorpos) de nossa vacina candidata contra a covid-19 nesta importante popula��o dos menores de idade".
ASTRAZENECA
JOHNSON & JOHNSON
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GENEBRA
Regulador europeu mant�m confian�a nos benef�cios da vacina da AstraZeneca
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