Donos da farmac�utica Purdue oferecem US$ 4,3 bi para encerrar crise dos opi�ceos

A fam�lia Sackler, propriet�ria da farmac�utica Purdue, acordou pagar 4,28 bilh�es de d�lares para resolver as a��es que a acusam de alimentar a chamada crise dos opi�ceos, desatada com a disparada dos casos de overdose nos Estados Unidos.

A proposta, que rev� para cima uma anterior feita pela companhia, integra o plano apresentado na noite de segunda-feira para tirar a Purdue da bancarrota, depois que a empresa aceitou, em outubro passado, se declarar culpada pela agressiva promo��o de seu analg�sico opioide OxyContin.

Segundo os termos do acordo selado naquele momento com o Departamento de Justi�a dos Estados Unidos, a farmac�utica planeja se dissolver para criar uma nova empresa, que teria como objetivo ajudar a resolver a crise, indenizando os diversos atores impactados, bem como desenvolvendo medicamentos contra a overdose e a depend�ncia.

A Purdue prop�e fazer um pagamento inicial de US$ 500 milh�es ao sair da bancarrota e somar a esta quantia cerca de US$ 1 bilh�o no fim de 2024 da receita gerada com o novo neg�cio.

O laborat�rio, sediado em Connecticut, estima, ainda, que os tratamentos que pretende desenvolver e distribuir a pre�o de custo agregariam um valor de US$ 4 bilh�es.

A fam�lia Sackler pagaria, por sua vez, 4,275 bilh�es de d�lares, al�m de multa de 225 milh�es de d�lares, j� prevista. O montante seria desembolsado ao longo de nove anos.

Originalmente, a companhia tinha oferecido pagar US$ 3 bilh�es.

A reestrutura��o custaria US$ 10 bilh�es no total.

O plano de sa�da da bancarrota, apresentado pela Purdue, prev�, ainda, a cria��o de novas entidades administradas por fideicomissos para atender aos pedidos de diversos atores implicados: autoridades estaduais e locais, tribos origin�rias americanas, pessoal de sa�de e v�timas.

Promotores de diferentes estados que processaram a fam�lia Sackler j� expressaram sua "decep��o" com o plano.

"Embora contenha melhorias sobre a proposta que a Purdue havia apresentado e que n�s t�nhamos rejeitado em setembro de 2019, n�o est� � altura do que as fam�lias e os sobreviventes merecem", escreveram v�rios deles em um comunicado conjunto.