Esta manh�, as bandeiras foram hasteadas a meio mastro na capital econ�mica, Dar es Salaam, no primeiro dos 14 dias de luto nacional decretado pela vice-presidente, Samia Suluhu Hassan, que anunciou a morte do chefe de Estado na quarta-feira � noite.
Ser� Samia Suluhu Hassan quem substituir� Magufuli � frente do pa�s at� o final do mandato de cinco anos.
Oficialmente, John Magufuli (61 anos) faleceu na quarta-feira em decorr�ncia de problemas card�acos, embora um de seus principais advers�rios pol�ticos, Tindu Lissu, tenha garantido que ele realmente morreu de "corona" uma semana antes do an�ncio de sua morte.
"Magufuli n�o morreu esta noite. Tenho informa��es, basicamente das mesmas fontes, que me disseram que ele estava gravemente doente, que Magufuli est� morto desde quarta-feira da semana passada", disse Lissu em entrevista gravada na quarta, mas transmitida nesta quinta-feira na emissora queniana KTN.
Assim que foi anunciada a morte do l�der, que governava o pa�s desde 2015, muitos moradores de Dar es Salaam expressaram consterna��o.
"Estou muito triste, sofro porque t�nhamos nosso l�der, nosso presidente que am�vamos e que nos amava, os pobres", declarou o vendedor ambulante Innocent Tionoke.
"Ele era o presidente dos desprivilegiados", disse um colega, Hassan Sayid.
Magufuli, apelidado de "retroescavadeira", chegou ao poder prometendo combater a corrup��o e realizou grandes projetos de infraestrutura, como a instala��o de redes el�tricas em �reas rurais, a renegocia��o de contratos de minera��o e a promo��o do ensino gratuito.
"Os pobres come�aram a progredir, os neg�cios estavam prosperando e se voc� tivesse um problema, o presidente iria ouvi-lo", comentou Kondo Nyumba, chorando esta manh� numa banca de jornal em Dar es Salaam.
No entanto, seus anos no poder tamb�m foram marcados por uma infla��o galopante, pouca cria��o de empregos e uma pol�tica agressiva de arrecada��o de impostos.
Al�m disso, realizou uma forte repress�o contra a oposi��o, a m�dia e a sociedade civil e reduziu os direitos de homossexuais e estudantes gr�vidas.
Sua reelei��o em outubro passado, em um contexto de forte repress�o, com 84,39% dos votos, foi denunciada pela oposi��o como uma "fraude total".
"N�o lamento" sua morte, comentou um vendedor de Dar es Salaam, que se identificou como William.
"Est�vamos preparado uma vaca para mat�-la e o dia que eu estava esperando [para faz�-lo] chegou. Eu n�o lamento, eu lamento pelas pessoas que morreram sob seu regime".
Maria Sarungi, uma famosa ativista pelos direitos das mulheres, tamb�m n�o escondia seu al�vio.
"Escrever RIP [acr�nimo em ingl�s para "Rest in peace" - Descanse em paz] n�o combina comigo, eu n�o gosto de hipocrisia. Eu digo #ByeMagufuli. � isso", tuitou.
DAR ES SALAAM