Na esta��o de Montparnasse, que liga a capital � Bretanha e ao sudoeste, todos os trens estavam praticamente lotados ap�s uma enxurrada de reservas de �ltima hora.
Assim que o primeiro-ministro Jean Castex anunciou na noite de quinta-feira o novo confinamento - que ser� aplicado a partir da meia-noite em Paris e em 15 outros departamentos, somando 21 milh�es de habitantes -, muitos franceses come�aram a fazer as malas.
Ma�wenn, uma estudante de 19 anos, decidiu deixar seu pequeno apartamento na capital para passar o resto do ano universit�rio com sua fam�lia em Saint-Brieuc, nas C�tes d'Armor (noroeste).
"Vou ficar l� at� o final do semestre", previsto para meados de abril, disse. "Nossos cursos s�o a dist�ncia h� mais ou menos um ano, ent�o estamos come�ando a nos acostumar", completou.
Um porta-voz da operadora ferrovi�ria nacional SNCF disse � AFP que os trens para a Bretanha, Lyon e o sudoeste estavam lotados esta manh�, em compara��o com um n�vel de ocupa��o entre 60% e 70% na �ltima sexta-feira.
A empresa tamb�m observou um aumento de 20% nas reservas para este fim de semana. Entre os destinos mais populares est�o Bordeaux, Lyon e Marselha.
No entanto, o �xodo de parisienses deve ser menor do que o registrado em mar�o passado, quando foi decretado o primeiro confinamento devido � pandemia de covid-19 - em especial para fam�lias com crian�as. Desta vez, as escolas permanecer�o abertas.
"Se n�o fossem as escolas, ir�amos para longe de Paris", disse � AFP Viviana, m�e de dois filhos de 5 e 7 anos, que admite ter vivido um "pesadelo" h� um ano trancada em seu apartamento de 60 m2 no sul da capital francesa, uma das mais densamente povoadas do mundo.
"Pelo menos desta vez podemos sair para tomar ar nos parques", acrescenta, aliviada.
- F�rias canceladas -
O novo confinamento, o terceiro em um ano, ser� menos r�gido que os dois anteriores: al�m de supermercados e farm�cias, parques, cabeleireiros, livrarias e lojas de m�sica permanecer�o abertos e atividades ao ar livre poder�o ser realizadas em um raio de 10 quil�metros de casa sem limite de tempo.
Arrastando duas malas, Laurence, de 58 anos, corre para pegar um trem com destino a Pau (sul), para f�rias de tr�s dias planejadas h� v�rias semanas, que ela n�o exclui prolongar em fun��o das novas medidas.
Outros tiveram de se resignar a cancelar suas f�rias.
"Fiz uma reserva para o final do m�s na ba�a de Arcachon (oeste) para comemorar nossos dez anos de casamento", suspira David, de 35 anos. "Seriam nossas primeiras f�rias desde agosto do ano passado", acrescenta ele, resignado.
Para limitar os riscos de propaga��o do v�rus, as viagens regionais nos 16 departamentos do pa�s afetados pelas novas restri��es ser�o proibidas a partir da meia-noite, exceto por "motivos de necessidade maior, ou profissionais".
Depois de resistir por semanas, o Executivo franc�s se viu for�ado a confinar parte do pa�s, diante de um forte surto da covid-19, causado principalmente por novas variantes do v�rus.
Nas �ltimas 24 horas, quase 35 mil novos casos foram registrados no pa�s, que supera 90 mil mortes em um ano. Al�m disso, existem 4.246 pacientes internados em terapia intensiva, um m�ximo desde o final de novembro.
PARIS