"Temos a op��o de proibir qualquer exporta��o planejada. Esta � a nossa mensagem para a AstraZeneca: respeite seu contrato com a Europa antes de come�ar a entregar para outros pa�ses", declarou Ursula von der Leyen em uma entrevista com o grupo de m�dia alem�o Funke.
"Todas as op��es est�o sobre a mesa", acrescentou a ex-ministra da Defesa alem� em um aviso claro, enfatizando que os l�deres europeus far�o um balan�o da quest�o das entregas na pr�xima semana.
A presidente da Comiss�o Europeia recordou que o contrato da UE com a AstraZeneca prev� a entrega das doses produzidas tanto no territ�rio da Uni�o Europeia como no Reino Unido.
"No entanto, n�o recebemos nada dos brit�nicos, enquanto n�s fornecemos a eles", argumentou Ursula von der Leyen, acrescentando que a UE havia enviado uma "carta formal" para reclamar ao grupo farmac�utico sueco-brit�nico.
"N�o consigo explicar aos cidad�os europeus porque � que exportamos milh�es de doses de vacinas para pa�ses que produzem vacinas e que n�o nos enviam nada de volta", acrescentou.
A Comiss�o Europeia anunciou na quinta-feira que ativaria um procedimento contratual para resolver o conflito com o laborat�rio AstraZeneca, cujas entregas de vacinas anticovid s�o significativamente inferiores aos valores inicialmente previstos.
Este procedimento est� previsto nos contratos de fornecimento de vacinas selados pela UE. Cada parte tem a possibilidade de enviar uma carta � outra parte convidando-a a participar num processo de resolu��o de lit�gios que decorrer� 20 dias depois entre os dirigentes executivos da Comiss�o Europeia e da empresa.
O laborat�rio AstraZeneca deve entregar no segundo trimestre 70 milh�es de doses de sua vacina anticovid - cujo uso est� suspenso em v�rios pa�ses -, n�mero muito inferior �s 180 milh�es de doses prometidas no contrato firmado com a Uni�o Europeia.
No primeiro trimestre, a UE dever� receber um total de cerca de 30 milh�es de doses da AstraZeneca, contra 90 milh�es prometidas pelo grupo farmac�utico sueco-brit�nico.
Enquanto a americana Pfizer resolveu as suas dificuldades de produ��o de vacinas, "existe grande suspeita nos meios europeus (de que o grupo Astrazeneca) vendeu as mesmas doses v�rias vezes" e, consequentemente, � incapaz de garantir as suas entregas � UE, comentou uma autoridade europeia.
O mecanismo de proibi��o de exporta��o de vacinas �, em primeiro lugar, da responsabilidade do Estado-membro onde � produzida e a Comiss�o d� luz verde. Este mecanismo foi usado apenas uma vez, com a It�lia bloqueando a exporta��o de 250.000 doses da AstraZeneca para a Austr�lia, alegando uma "escassez persistente" e "atrasos nas entregas".
Os vinte e sete n�o s�o todos a favor do mecanismo de proibi��o de exporta��o. No entanto, pa�ses como Holanda e B�lgica - onde grande parte da vacina AstraZeneca � produzida - pediram cautela.
FRANKFURT