�s 12h00 (locais, 9H00 de Bras�lia), o pa�s permaneceu em sil�ncio, no Parlamento, nos hospitais e em outros locais p�blicos. Depois os sinos das igrejas tocaram em mem�ria das v�timas fatais.
A rainha Elizabeth II, de 94 anos, e seu filho mais velho e herdeiro do trono, pr�ncipe Charles, 72, lideraram as homenagens. A monarca pediu uma reflex�o sobre "a dor e a perda que tantas pessoas e fam�lias continuam sentindo, e prestar homenagem ao servi�o incomensur�vel daqueles que apoiaram a todos durante o ano passado".
"Um ano depois � justo que tenhamos um momento para refletir sobre o que vivemos como na��o", afirmou Lindsay Hoyle, presidente da C�mara dos Comuns.
A homenagem tamb�m � um agradecimento ao trabalho dos profissionais da sa�de e a todos os brit�nicos por seu esfor�o.
- Tr�s semanas que pareceram tr�s meses -
H� um ano, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou um confinamento inicial de tr�s semanas - que finalmente chegou a tr�s meses - durante o qual escolas e todos os estabelecimentos comerciais "n�o essenciais" permaneceram fechados. Tamb�m foram proibidas as reuni�es com mais de duas pessoas.
O n�mero de mortos por covid-19 no pa�s era naquele momento de 335. Um ano depois o balan�o alcan�a 126.284 em um pa�s de 66 milh�es de habitantes.
O primeiro-ministro chamou na ocasi�o a pandemia de "maior amea�a que este pa�s enfrenta em d�cadas" e disse que o Servi�o Nacional de Sa�de (NHS), j� sobrecarregado, seria incapaz de enfrentar a doen�a sem medidas radicais.
O Reino Unido registrou a primeira morte por covid-19 em 5 de mar�o de 2020, mas o governo de Johnson foi muito criticado pela falta de agilidade e determina��o para frear a propaga��o em compara��o a outros pa�ses.
O pr�prio primeiro-ministro, de 56 anos, ficou gravemente doente e teve que ser hospitalizado em abril. Ele passou tr�s dias na UTI e disse que teve medo por sua vida.
Nesta ter�a-feira, ele se defendeu em coletiva de imprensa afirmando que tomou todas as decis�es "pensando nos interesses do povo brit�nico", mas reconheceu que teria agido de outra forma se soubesse desde o in�cio a import�ncia dos casos assintom�ticos.
- "Incrivelmente dif�cil" -
Para o ministro da Sa�de, Matt Hancock, este "foi um ano incrivelmente dif�cil, provavelmente o mais duro de toda uma gera��o".
"E � essencial aprender com ele", disse nesta ter�a-feira ao canal Sky News.
Uma pesquisa realizada na semana passada pelo instituto YouGov mostrou que um em cada seis brit�nicos perdeu um parente ou amigo pr�ximo por causa da covid-19.
Johnson prometeu que o primeiro confinamento mudaria a situa��o, mas o pa�s teve que retornar ao confinamento durante quatro semanas em novembro - mas as escolas permaneceram abertas - e de novo ap�s o Natal, em um terceiro fechamento total que come�ou a ser flexibilizado em 8 de mar�o.
O Executivo aposta agora que sua grande campanha de vacina��o, que j� chegou a 28 milh�es de pessoas, mais da metade dos adultos, permitir� o fim de todas as restri��es progressivamente at� 21 de junho.
No entanto, as rigorosas restri��es fronteiri�as ser�o mantidas para evitar a importa��o de variante potencialmente resistentes �s vacinas, anunciou Johnson, alertando que a atual onda que cresce na Europa continental poderia afetar tamb�m o seu pa�s.
Enquanto isso, seu governo resiste a aceitar uma investiga��o p�blica exigida pela oposi��o sobre a gest�o da crise de sa�de e porqu� a pandemia afetou o Reino Unido de maneira t�o dura.
LONDRES