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Estado de Minas SANTIAGO

Chile enfrenta o paradoxo de uma vacina��o r�pida e uma covid implac�vel


25/03/2021 18:46

O Chile j� ultrapassou os seis milh�es de vacinados contra a covid-19, e uma grande parte daqueles com mais de 70 anos j� est�o imunizados, mas nada impediu um aumento nas infec��es de colocar hospitais no limite e o pa�s confinado novamente.

Na mesma quinta-feira que o pa�s atingu a marca dos seis milh�es de imunizados com a primeira dose - e 3,1 milh�es com duas -, mais de 80% dos 19 milh�es de habitantes iniciaram um novo confinamento total, sem a possibilidade de sequer sair para comprar suprimentos b�sicos no fim de semana.

O Chile lidera o processo de vacina��o na Am�rica Latina e o governo do conservador Sebasti�n Pi�era pediu � popula��o "um �ltimo esfor�o" para superar a pandemia. Os primeiros efeitos da imuniza��o de quase 30% de sua popula��o s�o esperados para abril.

O ministro da Sa�de, Enrique Paris, reconhece que a medida de confinamento "� dura, mas necess�ria" para controlar o v�rus na Regi�o Metropolitana, a mais populosa do Chile.

- Trilhos separados -

Novas variantes do v�rus, o relaxamento da popula��o contra a vacina��o e o fim das f�rias de ver�o explicam o aumento das infec��es. Na quinta-feira, foram registradas mais de 7.000 novas infec��es em 24 horas, o segundo maior n�mero desde o in�cio da pandemia.

"S�o fen�menos que percorrem caminhos totalmente diferentes", disse � AFP Darwin Acu�a, presidente da Sociedade Chilena de Medicina Intensiva, sobre o avan�o da vacina��o e o aumento das infec��es que chegam a 954.762 e 22.524 mortes.

As vacinas come�aram a ser administradas em 24 de dezembro, primeiro para profissionais da �rea de sa�de, e a partir de 3 de fevereiro para a popula��o em geral, a partir de maiores de 90 anos.

"O efeito da vacina para a popula��o de maior risco ainda n�o foi visto, pois para a popula��o de risco sua segunda dose acabou de ser administrada (h� cerca de 10 dias)", diz Acu�a.

Em meados de abril, espera-se "ver um efeito real nas necessidades cr�ticas de leitos na popula��o em maior risco" e nos n�meros de mortalidade, acrescentou.

Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) eles percebem algumas diferen�as em rela��o � primeira onda: pacientes mais jovens sendo internados com maior gravidade.

"Parece mais agressivo do que no ano passado; h� pacientes que chegam quase diretamente � UTI e s�o intubados", disse H�ctor Ugarte, m�dico-chefe da Unidade de Pacientes Adultos Cr�ticos do hospital San Pablo de Coquimbo, uma cidade costeira ao norte de Santiago.

As idades de interna��o por covid "ca�ram enormemente. Neste momento, temos muito mais jovens entre os infectados, porque n�o tiveram cuidado", disse o ministro da sa�de.

As autoridades disseram quinta-feira que, al�m da variante brit�nica confirmada em fevereiro, encontraram "45 casos com a variante brasileira" e aumentaram as restri��es para viagens ao Brasil e ao resto do mundo.

M�dicos e enfermeiras reconhecem que est�o passando por um momento de grande press�o nos hospitais, com leitos no limite (95% de ocupa��o) mesmo em regi�es como Coquimbo, onde antes de mar�o de 2020 tinham apenas oito e esta semana t�m 46 pacientes hospitalizados.

- Vacina de esperan�a -

A meta do governo � vacinar 15 milh�es de pessoas (de um total de 19 milh�es de habitantes) antes de 30 de junho e, assim, obter a t�o esperada "imunidade de rebanho".

At� esta quinta-feira, 6.099.408 pessoas receberam a primeira dose das vacinas do laborat�rio chin�s Sinovac ou da americana Pfizer utilizadas na �poca.

Professores, bombeiros, jornalistas, pacientes cr�nicos, funcion�rios p�blicos, funcion�rios de farm�cias e empresas de telecomunica��es j� receberam a primeira dose. Todo o pessoal m�dico cumpriu o esquema de vacina��o, assim como boa parte dos idosos.

Apesar do aumento das infec��es, a popula��o segue com esperan�a no plano de vacina��o.

Em uma casa de repouso no sul do Chile, onde residentes e funcion�rios receberam uma dose da vacina Sinovac na primeira semana de fevereiro, um grande surto de coronav�rus surgiu depois que mais de 70 infectados foram relatados.

Apenas uma idosa morreu e n�o havia sido vacinada.

Nos hospitais tamb�m h� otimismo: "No pior est�gio da pandemia em 2020, no hospital de Coquimbo havia entre 150 e 170" infectados com covid entre os 1.700 funcion�rios, lembrou Ugarte.

"Neste momento, 80% do pessoal est� com a vacina dupla h� v�rias semanas", disse o m�dico, visivelmente emocionado com o que considera "a primeira grande demonstra��o" do impacto da vacina.


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