"A Venezuela tem os navios petroleiros, tem clientes prontos para comprar petr�leo de n�s. Dedicaria parte da sua produ��o para garantir as vacinas de que precisa. Petr�leo por vacinas!", proclamou Maduro na TV p�blica.
A Venezuela enfrenta san��es impostas por Washington contra a estatal petroleira PDVSA com o objetivo de tirar Maduro do poder. "Estamos preparados, mas n�o iremos mendigar junto a ningu�m", afirmou o presidente socialista, referindo-se implicitamente a um an�ncio feito pelo l�der opositor Juan Guaid� de acordos para a libera��o de fundos do pa�s bloqueados no exterior para pagar vacinas do sistema Covax.
Em um primeiro momento, Maduro insistiu em pedir � Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas) que cuidasse de que fundos congelados pudessem ser usados para pagar cerca de 2 milh�es de doses reservadas ao pa�s por meio do Covax. Se n�o fossem desbloqueados, explicou, entraria em jogo a op��o "petr�leo por vacinas". Al�m disso, assinalou o presidente, o mecanismo cobre apenas 20% das vacinas de que o pa�s precisa.
Essas doses, no entanto, eram do laborat�rio AstraZeneca, que n�o foram autorizadas na Venezuela por temor de seus efeitos colaterais. Mas Maduro disse que h� conversas em andamento para que a Opas fa�a chegar ao pa�s "as vacinas selecionadas e aprovadas".
A produ��o de petr�leo na Venezuela experimentou uma leve recupera��o no come�o do ano, subindo para 521.000 barris di�rios em fevereiro, segundo a Opep. A cifra, no entanto, est� muito distante dos mais de 3 milh�es de barris di�rios que o pa�s colocava no mercado quando Maduro assumiu o poder, em 2013.
A queda da oferta venezuelana de petr�leo come�ou antes das san��es, entre den�ncias de m� administra��o na ind�stria petroleira e casos multimilion�rios de corrup��o.
A proposta de Maduro lembra o programa da ONU Petr�leo por Alimentos, implementando para atender �s necessidades da popula��o do Iraque ap�s a Guerra do Golfo, em meio �s san��es econ�micas impostas ap�s a invas�o do Kuwait por tropas iraquianas em agosto de 1990.
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