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Estado de Minas MINNEAPOLIS

V�deo comovente da agonia de George Floyd abre julgamento por seu assassinato nos EUA


29/03/2021 23:34 - atualizado 29/03/2021 23:37

O v�deo chocante de George Floyd agonizando sob o joelho de um policial de Minneapolis foi o foco da abertura da argumenta��o, nesta segunda-feira (29), no julgamento por uma morte que abalou os Estados Unidos.

A promotoria buscou mostrar que o policial branco Derek Chauvin n�o tinha justificativa para sua a��o de nove minutos que acabou asfixiando o afro-americano Floyd, que ele havia detido por uma contraven��o.

A defesa de Chauvin alegou que pode provar que Floyd estava drogado, o que teria for�ado os policiais a serem mais duros, e que sua morte se deve mais �s drogas e a seus problemas de sa�de do que � asfixia.

"Nove minutos e 29 segundos. Esse foi o tempo que durou", disse o promotor Jerry Blackwell, sobre o tempo que Chauvin manteve o joelho pressionado sobre o pesco�o de Floyd.

No v�deo, o j�ri ouviu Floyd, algemado e com o corpo estendido de bru�os na cal�ada, tentando recuperar o f�lego enquanto os pedestres pediam ao policial para n�o usar tanta for�a.

"N�o consigo respirar", implorou Floyd, antes de desmaiar.

Com 19 anos na pol�cia, Chauvin � acusado de assassinato e homic�dio culposo e enfrenta at� 40 anos de pris�o se for declarado culpado da acusa��o mais grave: assassinato em segundo grau. O veredicto deve sair no final de abril ou in�cio de maio.

O v�deo da morte de Floyd, gravado e transmitido ao vivo nas redes sociais por um pedestre, gerou protestos antirracistas e confrontos pelos abusos policiais contra os negros em todo os Estados Unidos e inclusive em outros pa�ses.

O presidente Joe Biden "certamente estar� observando de perto, assim como os americanos de todo o pa�s", afirmou sua porta-voz, Jen Psaki, mencionando a "ferida" que este caso deixou no pa�s.

- "For�a excessiva e irracional" -

Blackwell disse em sua declara��o que o ex-policial de 45 anos n�o seguiu os procedimentos policiais e agiu de forma insens�vel ao continuar pressionando o corpo im�vel de Floyd contra o ch�o.

"O senhor Derek Chauvin traiu seu distintivo policial quando usou uma for�a excessiva e irracional sobre o corpo do senhor George Floyd", disse Blackwell.

"Ele colocou seus joelhos sobre o pesco�o e as costas, machucando-o e esmagando-o, at� que sua respira��o - n�o, senhoras e senhores, at� que a pr�pria vida - lhe fosse arrancada", continuou.

O advogado de Chauvin, Eric Nelson, afirmou ao j�ri que Floyd estava sob a influ�ncia de drogas ao ser detido e resistiu � pris�o.

"Derek Chauvin fez exatamente o que foi treinado a fazer", afirmou Nelson. Ele pediu ao j�ri para ignorar a pol�tica e os movimentos sociais que rondam o caso. "N�o existe nenhuma causa pol�tica ou social nesta sala", acrescentou.

"As evid�ncias mostrar�o que Floyd morreu de arritmia card�aca por causa da hipertens�o, sua doen�a coronariana, a ingest�o de metanfetamina e fentanil e a adrenalina que flu�a em seu corpo. Tudo isso comprometeu ainda mais partes do corpo que j� estavam comprometidas", argumentou.

O julgamento de Chauvin, transmitido ao vivo, se tornou o centro das aten��es para o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e uma prova sobre o exerc�cio da justi�a no �mbito policial.

O advogado e os membros da fam�lia Floyd se ajoelharam durante o tempo em que Chauvin pressionou o joelho sobre o pesco�o de Floyd no v�deo.

- "Achei que a imagem tinha congelado" -

Blackwell deixou claro que n�o pretende julgar todos os policiais, somente Chauvin, que foi demitido do departamento de pol�cia de Minneapolis ap�s o incidente.

Ben Crump, advogado dos direitos civis que representa a fam�lia da v�tima, disse que o advogado de defesa de Chauvin "vai tentar assassinar o car�ter de George Floyd".

"Mas este � o julgamento de Derek Chauvin, vamos ver seu hist�rico", afirmou. "Os fatos s�o simples. O que matou George Floyd foi uma overdose de for�a excessiva".

Para mostrar que a atitude do agente foi equivocada, o promotor chamou como primeira testemunha a operadora que enviou a pol�cia para onde Floyd estava.

Jena Scurry disse que os viu em uma c�mera de seguran�a enquanto atendia outras liga��es. "Achei que a imagem tinha congelado", porque eles ficaram muito parados por muito tempo, "meu instinto me dizia que algo estava errado", afirmou ela.

Ent�o, Scurry decidiu chamar outro policial para relatar o incidente.

Donald Williams, um instrutor de artes marciais que estava no local do assassinato, afirmou ter dito a Chauvin que sua maneira de imobilizar Floyd pelo pesco�o era equivalente a uma manobra perigosa usada em combates chamada de "blood choke", ou "sufocamento de sangue".

O julgamento acontece em uma sala de Minneapolis fortemente vigiada. O processo deve durar aproximadamente um m�s.

O j�ri de 14 membros � racialmente misto: seis mulheres brancas, tr�s homens negros, dois homens brancos e tr�s mulheres negras.

Os policiais raramente s�o condenados nos Estados Unidos e a senten�a por qualquer uma das acusa��es contra Chauvin exigir� que o j�ri emita um veredito un�nime.


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