"N�o vamos parar" enquanto os v�deos continuarem publicados nesses sites e houver pessoas que "continuem lucrando", disse Paloma Maseda D�az, porta-voz das 87 denunciantes neste caso que remonta a agosto de 2019, na popular festa de A Maruxaina, em San Cibrao (Galiza, noroeste).
Naquele ver�o, sem que soubessem, mais de 100 mulheres, algumas delas menores, foram filmadas na rua quando se agacharam para urinar.
Um ano depois, ao clicar em um link com o nome da festa popular, um homem da regi�o caiu em um site porn� que continha um v�deo em que reconhecia a namorada e a prima dela, conta Paloma Maseda D�az, que tamb�m foi gravada.
No total, mais de 110 mulheres, em seis v�deos diferentes, foram identificadas em sites com conte�do pago para adultos, de acordo com a porta-voz.
"A pessoa que nos gravou sabia exatamente onde colocar as c�meras", cinco no total, de acordo com ela.
No ver�o de 2020, cerca de 100 mulheres entraram com uma a��o coletiva por vulnera��o do direito � intimidade e comercializa��o ilegal de conte�do pornogr�fico.
Em 15 de mar�o, o tribunal local da cidade vizinha de Viveiro recusou-se a abrir uma investiga��o, considerando que n�o houve crime por se tratar de grava��es de mulheres urinando em local p�blico, "onde poderiam ser vistas por qualquer pessoa que passasse por l�", de acordo com a decis�o judicial consultada pela AFP.
"O juiz decidiu arquivar o caso por ter sido em uma via p�blica", disse Mary Fraga, presidente da associa��o "Mulheres em Igualdade".
Fraga acrescentou que os fatos se deram "em um beco sem sa�da" e que as c�meras foram colocadas "com premedita��o".
As denunciantes apelaram da decis�o e organizaram, no domingo passado, uma manifesta��o para protestar contra a decis�o do tribunal. Centenas de pessoas compareceram ao evento, segundo os organizadores.
MADRI