�gua "n�o pode ser privatizada", diz candidata presidencial peruana Ver�nika Mendoza

A candidata de esquerda � presid�ncia do Peru, Ver�nika Mendoza, afirmou nesta ter�a-feira (6) que a �gua "n�o pode ser privatizada" e que a vacina��o contra a covid-19 n�o deve ser entregue ao setor privado.

"Eles querem privatizar e fazer um neg�cio da �gua, como outros que querem fazer um neg�cio das vacinas. A �gua � um bem p�blico, um direito humano que o Estado deve garantir, esse � nosso principal compromisso", disse Mendoza a centenas de seguidores, cinco dias antes das elei��es presidenciais e legislativas.

"N�o pode ser privatizada, a �gua � um direito humano e um bem p�blico que o Estado deve levar a todas as fam�lias", acrescentou a antrop�loga de esquerda de 40 anos durante um com�cio em Lima.

A vacina��o contra a covid-19, que avan�a lentamente no Peru, tem sido cercada de pol�mica desde que come�ou em 9 de fevereiro.

Alguns candidatos de direita, como o economista Hernando de Soto, prop�em que empresas privadas, e n�o o Estado, importem as doses e as apliquem na popula��o.

Uma empresa estatal � respons�vel pela distribui��o de �gua aos peruanos, um ter�o dos quais n�o recebe �gua pot�vel. Nenhuma proposta de privatiza��o da �gua apareceu na campanha, mas um jornalista consultou Mendoza sobre o assunto durante o com�cio.

As pesquisas preveem uma elei��o acirrada neste domingo, j� que nenhum dos 18 candidatos tem mais de 10% de inten��o de voto, o que aponta para uma defini��o no segundo turno entre os dois mais votados, no dia 6 de junho.

O l�der nas pesquisas � Yonhy Lescano (10%), de centro-direita, escoltado por Mendoza e Soto (ambos com 9%), de acordo com uma pesquisa da Ipsos publicada no domingo.

A dist�ncia entre o primeiro e o s�timo candidato � de apenas quatro pontos, um "empate t�cnico" entre todos eles, segundo especialistas.

Mendoza tamb�m atacou, sem citar nomes, o candidato ultraconservador Rafael L�pez Aliaga, um rico empres�rio que se op�e ao aborto - mesmo no caso de estupro de meninas - e � educa��o sexual nas escolas.

"H� candidatos que falam que a mulher tem que ficar quieta e submissa, aguentar tudo. O que a gente responde? N�o vamos permitir n�! [...] Vamos continuar defendendo com for�a, com coragem, com solidariedade entre n�s nossos direitos", afirmou Mendoza.

Acompanhada pelos colegas de chapa e candidatos ao Congresso do partido Juntos pelo Peru, Mendoza percorreu em uma caravana de carros e bicicletas a regi�o central de Lima.

Mais de 25 milh�es de cidad�os est�o convocados �s urnas, enquanto a pandemia n�o d� tr�gua ao Peru, onde mais de 1,5 milh�o de pessoas foram infectadas e mais de 53.000 morreram.