
Ansiedade (17%) e altera��es de humor (14%) s�o os diagn�sticos mais frequentes, segundo o estudo, publicado nesta quarta-feira (07/04) pela revista especializada The Lancet Psychiatry.
A incid�ncia de problemas neurol�gicos, como hemorragias cerebrais (0,6%), acidentes vasculares cerebrais (2,1%) e dem�ncia (0,7%), � globalmente inferior, mas o risco �, em geral, maior entre pacientes que estiveram gravemente doentes de covid.
Apesar do risco pequeno a n�vel individual da maioria dos problemas neurol�gicos e psiqui�tricos, o efeito pode ser "consider�vel" para os sistemas de sa�de devido � amplitude da pandemia, afirma o professor Paul Harrison (Universidade de Oxford, Reino Unido), principal autor do estudo. Muitos problemas s�o "cr�nicos", explica. Ele defende dotar os sistemas de sa�de com recursos para "enfrentar as necessidades".
Ao analisar os prontu�rios eletr�nicos de 236.379 pacientes afetados pela covid, os autores concluem que 34% deles tiveram diagn�stico de doen�a neurol�gica ou psiqui�trica nos seis meses seguintes � infec��o.
Para 13% das pessoas este foi o primeiro diagn�stico neurol�gico ou psiqui�trico.
O risco de desenvolver problemas a longo prazo cresceu nos pacientes que foram hospitalizados por covid-19 grave. Assim, 46% dos pacientes que passaram por cuidados intensivos apresentaram problemas neurol�gicos ou psiqui�tricos seis meses ap�s a infec��o.
Quase 7% dos pacientes que passaram por UTIs tiveram um acidente cardiovascular posterior, 2,7% uma hemorragia cerebral e quase 2% desenvolveram dem�ncia, contra, respectivamente, 1,3%, 0,3% e 0,4% dos n�o hospitalizados.
Os cientistas tamb�m cruzaram dados de mais de 100.000 pacientes que tiveram um diagn�stico de gripe e os mais de 236.000 pacientes com o diagn�stico de infec��es respirat�rias.
O risco de diagn�stico neurol�gico ou psiqui�trico �, em geral, 44% maior ap�s a COVID que depois de uma gripe, e 16% maior que depois de uma infec��o das vias respirat�rias.
"Infelizmente, muitos problemas identificados no estudo t�m uma tend�ncia a se tornarem cr�nicos ou recorrentes, ent�o podemos antecipar que o impacto da COVID-19 poderia perdurar durante muitos anos", escreve o doutor Jonathan Rogers da Universidade de Londres (UCL) em um coment�rio publicado na revista.
Provavelmente, as pessoas estudadas foram mais gravemente afetadas que a popula��o em geral, afirmam os autores, que se referem �s pessoas, numerosas, que n�o procuram consultas por sintomas leves ou inexistentes.