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Estado de Minas CARACAS

Venezuela diz que san��es impedem compra de mais vacinas


07/04/2021 22:28 - atualizado 07/04/2021 22:31

O ministro das Rela��es Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, disse nesta quarta-feira (7) que, se n�o fossem as san��es econ�micas contra o governo de Nicol�s Maduro, o pa�s j� teria comprado todas as vacinas contra a Covid-19 de que precisa.

"Se a Venezuela n�o tivesse seus recursos bloqueados [no exterior], ter�amos comprado h� tr�s meses as 30 milh�es de vacinas que faltam ao pa�s", de quase 30 milh�es de habitantes, afirmou o ministro em entrevista � AFP em Caracas. "Como est�o bloqueados, aqui estamos. Algumas chegam com os russos, outras, com os chineses."

Os Estados Unidos, que n�o reconhecem o governo Maduro, congelaram milh�es de d�lares venezuelanos em bancos americanos.

A Venezuela recebeu pouco menos de 1 milh�o de vacinas: 250.000 doses da russa Sputnik V e meio milh�o da farmac�utica chinesa Sinopharm, enquanto a oposi��o acusa o governo de dificultar o recebimento de novas doses. Atualmente, o plano de vacina��o do pa�s contempla profissionais de sa�de, professores e autoridades.

"N�o apenas ter�amos as 30 milh�es de vacinas, mas ter�amos vacinado metade da popula��o se n�o tiv�ssemos os recursos bloqueados em bancos internacionais", assinalou Arreaza, chanceler desde 2017. A meta do governo venezuelano � vacinar 70% da popula��o este ano.

Maduro tamb�m afirmou hoje, em ato transmitido pela TV, que o pa�s enfrenta uma "persegui��o" para comprar vacinas. O governo fechou a compra de 20 milh�es de doses do imunizante russo por 200 milh�es de d�lares, para a qual "existe um cronograma de pagamento", citou Arreaza.

Al�m das dificuldades causadas pelas san��es americanas, o governo venezuelano trava uma batalha na Justi�a para repatriar cerca de 30 toneladas de ouro venezuelano depositadas no Banco da Inglaterra, recurso que ser� destinado a atender � crise humanit�ria causada pela pandemia, afirmou. "Para os primeiros dep�sitos feitos a Moscou, s� nos faltou sair correndo com uma mala de dinheiro, porque nenhuma rota financeira fazia com que o dinheiro chegasse � R�ssia", comentou o chanceler venezuelano. "No fim, conseguimos, mas a um custo muito maior, com mais comiss�es, custo que representa menos vacinas."

- Conversas continuam -

Maduro tamb�m negocia o acesso � alian�a global Covax, da Organiza��o Mundial da Sa�de, em meio a uma disputa pol�tica com o l�der oposicionista Juan Guaid�, que controla os fundos venezuelanos bloqueados no exterior pelas san��es. "Esperamos que a Opas receba os recursos para a compra de vacinas na Venezuela, a Opas e o mecanismo Covax, e que nos deem nossas vacinas, porque iremos pagar por elas", disse Arreaza.

Guaid� iniciou articula��es nos Estados Unidos para liberar parte dos fundos, a fim de ter acesso ao Covax, o que ainda n�o se concretizou. O diretor do Departamento de Emerg�ncias Sanit�rias da Opas, Ciro Ugarte, declarou que "as negocia��es e conversas continuam, e os esfor�os para desbloquear os recursos da Venezuela no exterior continuam em andamento, de tal forma que o pagamento para o acesso � alian�a Covax n�o foi feito".

A Venezuela, que enfrenta a segunda onda da pandemia, reiterou que n�o ir� aplicar a vacina AstraZeneca, disponibilizada inicialmente pela Opas, devido aos seus poss�veis efeitos colaterais. Ap�s essa decis�o, Guaid� acusou o governo socialista de "criar obst�culos durante uma emerg�ncia", e pediu que seja autorizada a entrada das vacinas.

O governo venezuelano registra 165 mil casos e 1.700 mortos pela Covid, n�meros questionados por ONGs como a Human Rights Watch, as quais consideram que h� uma subnotifica��o elevada.


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