Descoberta 'a maior cidade antiga' do Egito, perto de Luxor

Uma miss�o arqueol�gica eg�pcia descobriu a "maior cidade antiga do Egito", com mais de 3.000 anos, perto de Luxor (sul).

O famoso egipt�logo Zahi Hawass anunciou a descoberta desta "cidade dourada perdida" perto de Luxor, onde fica o lend�rio Vale dos Reis.

"A miss�o arqueol�gica [...] descobriu uma cidade enterrada que data do reinado do rei Amen�fis III e que continuou sendo usada pelo rei Tutanc�mon, ou seja, h� 3.000 anos", disse a miss�o arqueol�gica em um comunicado divulgado na quinta-feira (8).

Amen�fis III, que ascendeu ao trono em 1.391 a.C., morreu em 1.353 a.C.. Na cidade, foram encontrados objetos, como joias e pe�as de cer�mica com seu selo, que permitiram confirmar a data��o, diz a nota.

� "a maior cidade antiga do Egito", segundo Hawass, citado no comunicado.

A miss�o come�ou suas escava��es em setembro de 2020 entre os templos de Rams�s III e Amen�fis III, perto de Luxor.

Betsy Bryan, professora de arte e arqueologia eg�pcia na Universidade Johns Hopkins, disse que a descoberta foi a "segunda descoberta arqueol�gica mais importante desde a tumba de Tutanc�mon" h� quase um s�culo, de acordo com o comunicado.

Joias, potes de cer�mica colorida, amuletos de besouro e tijolos de barro com os selos de Amen�fis III apareceram nas escava��es.

"Muitas miss�es estrangeiras buscaram esta cidade e nunca a encontraram", disse Hawass, ex-ministro de Antiguidades.

"Em algumas semanas, para grande surpresa da equipe, as forma��es de adobe come�aram a aparecer", relata o comunicado. "O que desenterraram foi o local de uma grande cidade em bom estado de conserva��o, com paredes quase inteiras e c�modos cheios de ferramentas da vida cotidiana", completa o texto.

- Tumbas cheias de tesouros -

Ap�s sete meses de escava��es, v�rios bairros foram descobertos, incluindo uma padaria com fornos e cer�mica de armazenamento, assim como bairros administrativos e residenciais.

Amen�fis III herdou um imp�rio que se estendia do rio Eufrates, nos atuais Iraque e S�ria, at� o Sud�o, e morreu por volta de 1354 a.C., segundo historiadores da antiguidade.

Governou por quase quatro d�cadas, um reinado conhecido por sua opul�ncia e pela grandeza de seus monumentos, incluindo os colossos de Memn�n, duas enormes est�tuas de pedra perto de Luxor que retratavamo ele e sua esposa.

"As camadas arqueol�gicas permaneceram intactas por milhares de anos, deixadas pelos antigos residentes como se fosse ontem", celebra o comunicado da equipe.

Bryan afirma que a cidade permitir� "nos oferecer uma vis�o geral incomum da vida dos antigos eg�pcios durante as horas mais luxuosas do Imp�rio [Novo]".

A equipe se mostrou otimista quanto � possibilidade de que apare�am mais descobertas importantes, acrescentando que foram encontrados grupos de t�mulos, aos quais se chegava atrav�s de "escadas esculpidas na rocha". Trata-se de uma constru��o similar �s encontradas no Vale dos Reis.

"A miss�o espera descobrir tumbas intactas cheias de tesouros", acrescentou o comunicado.

Depois de anos de instabilidade pol�tica ap�s a revolta da chamada Primavera �rabe de 2011, um duro golpe para a ind�stria tur�stica eg�pcia, o pa�s tenta recuperar visitantes. A promo��o de seu patrim�nio antigo � um dos caminhos.

Na semana passada, o Egito transportou os restos mortais mumificados de 18 antigos reis e quatro rainhas pelo Cairo, do emblem�tico Museu Eg�pcio para o novo Museu Nacional da Civiliza��o Eg�pcia, em uma prociss�o batizada de "Desfile Dourado dos Fara�s". Entre os 22 corpos estavam os de Amen�fis III e de sua mulher, a rainha Tiy.