Em um pa�s que j� teve quatro presidentes desde 2018, h� atualmente 10 candidatos de direita ou centro-direita, quatro de esquerda, tr�s nacionalistas e um de centro, mas nenhum deles ultrapassa 10% das inten��es de voto nas pesquisas da elei��o, cujo um vencedor s� dever� ser apontado ap�s o segundo turno, marcado para 6 de junho.
O Escrit�rio Nacional Eleitoral (ONPE) habilitou 11.402 locais de vota��o, tr�s vezes mais do que o normal, para tentar evitar aglomera��es durante a a elei��o nas cidades da selva amaz�nica, planalto andino e litoral, onde Lima est� situada.
Os sete candidatos com possibilidade de elei��o s�o o ex-legislador Yonhy Lescano (centro, direita), a antrop�loga Ver�nika Mendoza (esquerda), o economista Hernando de Soto (direita), Keiko Fujimori (populista, direita), o ex-jogador de futebol George Forsyth (direita), o professor e sindicalista Pedro Castillo (esquerda radical) e o empres�rio Rafael L�pez Aliaga (extrema-direita).
O novo presidente, que deve tomar posse em 28 de julho - dia em que o Peru comemora o bicenten�rio de sua independ�ncia - ter� que enfrentar a crise na sa�de, a recess�o econ�mica e a crise pol�tica, refletida na situa��o em que houve tr�s presidentes ao longo de apenas cinco dias em novembro de 2020.
No Peru, o voto � obrigat�rio e o ONPE prev� a participa��o de "nove em cada dez peruanos", apesar de o pa�s viver sua semana mais letal em 13 meses de pandemia, com 279 mortes por dia em m�dia, segundo Minist�rio da Sa�de.
Os locais de vota��o come�aram a ser sanitizados em todo o pa�s para evitar infec��es pela covid-19 durante as 12 horas de funcionamento, segundo autoridades.
"Instalamos mesas de vota��o nas sedes dos Jogos Pan-americanos [ocorridos em Lima, 2019], parques, est�dios, shopping centers e escolas", anunciou Piero Corvetto, chefe do ONPE.
O Peru acumula 54.285 mortes em 1,6 milh�o de casos. De seus 33 milh�es de habitantes, 25 milh�es foram convocados �s urnas.
E dois dos candidatos foram infectados nos �ltimos dias: Forsyth e Jos� Vega, de um partido nacionalista minorit�rio.
O sindicato dos m�dicos lamentou que os candidatos tenham organizado com�cios lotados com centenas de simpatizantes, em um momento em que as infec��es aumentam.
"Infelizmente, as decis�es pol�ticas prevaleceram sobre as t�cnicas [de sa�de]", explicou Augusto Tarazona, � frente da Comiss�o de Sa�de P�blica da Faculdade de Medicina, � AFP, que considera que teria sido aconselh�vel adiar as elei��es, mas essa decis�o deveria ter sido tomada "h� dois ou tr�s meses".
"A esta altura est� tudo feito, porque tudo o que tinha que se fazer para aumentar os casos j� foi realizado e amanh� [domingo] ser� complicado", acrescentou o Dr. Tarazona.
Em janeiro, o ex-presidente Mart�n Vizcarra prop�s adiar as elei��es para 23 de maio, mas n�o teve apoio.
O presidente em exerc�cio, Francisco Sagasti, declarou que "de forma alguma" a vota��o seria adiada.
O ministro do Interior, Jos� Elice, indicou que cerca de 20.000 policiais se dedicar�o exclusivamente ao controle do cumprimento das medidas sanit�rias durante a vota��o.
O n�mero equivale a menos de dois agentes por local de vota��o.
LIMA