
O presidente americano, Joe Biden, pronunciou-se mais cedo sobre o ocorrido no fim de semana, quando morreu Daunte Wright, dizendo que manifesta��es pac�ficas s�o compreens�veis, mas que n�o h� "absolutamente nenhuma justificativa" para saques.
Ap�s os protestos da noite de domingo, o prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, decretou toque de recolher, que entrou em vigor �s 19h de segunda-feira tamb�m na vizinha Saint Paul e nos tr�s condados da regi�o metropolitana, incluindo Hennepin, onde ocorreu o incidente.
Centenas de pessoas se reuniram durante a segunda-feira para uma vig�lia no cruzamento do sub�rbio de Minneapolis em que Daunte Wright foi morto. E uma escultura de punho fechado foi levada para o local, transferida da �rea onde Floyd foi assassinado.
Wright, 20 anos, foi morto a tiros por "acidente" enquanto dirigia no domingo pelo Brooklyn Center, um sub�rbio de Minneapolis, segundo a pol�cia. Os agentes haviam ordenado que o motorista do ve�culo parasse por uma infra��o de tr�nsito. Quando descobriram que ele tinha um mandado de pris�o pendente, tentaram prend�-lo.
Al�m do toque de recolher, mil soldados da Guarda Nacional foram mobilizados para evitar novos tumultos. Ignorando a ordem da prefeitura, dezenas de manifestantes continuaram agitando cartazes e cantando palavras de ordem sob a chuva, em frente � delegacia de Brooklyn Center City.
Na segunda-feira, o comandante da pol�cia dessa localidade, Tim Gannon, disse que o caso foi "acidental" e que a policial envolvida n�o queria atirar, mas confundiu sua arma de fogo com sua pistola el�trica de imobiliza��o. "Foi um tiro acidental que resultou na tr�gica morte" de Wright.
A policial, que de acordo com seu superior era uma agente experiente, foi suspensa.
Autoridades judiciais do estado de Minnesota publicaram em um comunicado a identidade da agente envolvida. Kimberly Potter, policial de Brooklyn Center h� 26 anos.

Morte por asfixia
Essa nova morte de um cidad�o negro pelas m�os da pol�cia reacendeu o trauma de uma cidade que sofreu v�rias noites de incidentes ap�s a morte de George Floyd em 25 de maio de 2020. Na noite deste domingo, a pol�cia disparou g�s lacrimog�neo para dispersar uma multid�o que se reunia em frente � delegacia de Brooklyn Center.
Ap�s os incidentes, a defesa do ex-agente acusado pela morte de Floyd, Derek Chauvin, pediu ao juiz que conduz o processo que isolasse o j�ri, preocupado que as manifesta��es pudessem influenciar sua decis�o. Mas tanto a promotoria quanto o juiz se recusaram a isolar o j�ri. "Vamos isol�-los na segunda-feira, quando antecipamos as alega��es finais", informou o magistrado.
Chauvin enfrenta acusa��es de homic�dio culposo e doloso em segundo grau por seu papel na morte de Floyd, ap�s imobiliz�-lo colocando o joelho sob seu pesco�o quando ele havia sido preso por supostamente ter feito um pagamento com uma nota falsa.
V�rios v�deos mostram Chauvin pressionando o pesco�o de Floyd por mais de nove minutos enquanto ele repetidamente lhe diz que n�o consegue respirar. As imagens desencadearam uma onda de protestos contra o racismo e a brutalidade policial nos Estados Unidos e no mundo.
A promotoria busca provar que a morte de Floyd foi causada por asfixia por parte da a��o de Chauvin durante a pris�o, e, para isso, convocou v�rios m�dicos a depor. J� a defesa argumenta que o �bito est� relacionado ao fentanil encontrado em seu sangue, que se soma a fatores de sa�de.
Nesta segunda-feira, testemunhou o renomado cardiologista Jonathan Rich, que afirmou que a morte ocorreu devido aos baixos n�veis de oxig�nio induzidos pela "asfixia posicional" a que foi submetido. "N�o vejo nenhuma evid�ncia de que uma overdose de fentanil tenha causado a morte de Floyd", ressaltou Rich.
A poderosa organiza��o de direitos civis ACLU afirmou que a morte de Wright foi uma das 260 causadas pela pol�cia at� agora em 2021. "O que precisa acontecer para que a pol�cia pare de matar pessoas de cor?", perguntou em um comunicado Ben Crup, o advogado da fam�lia Floyd, que tamb�m representar� os parentes de Wright.