Dezenas de manifestantes se reuniram e gritaram frases contra o racismo diante de uma delegacia de pol�cia de Brooklyn Center, o sub�rbio onde Daunte Wright foi morto no domingo.
Os manifestantes desafiaram a pol�cia atrav�s da cerca instalada ao redor da delegacia e exibiram cartazes com frases como "Prendam todos os policiais assassinos racistas", "Eu sou o pr�ximo" e "Sem justi�a n�o h� paz".
A pol�cia usou g�s lacrimog�neo em v�rios momentos e ordenou a dispers�o dos manifestantes. Quarenta pessoas foram detidas e integrantes das for�as de seguran�a sofreram ferimentos leves, de acordo com fontes policiais.
Al�m do toque de recolher decretado pelos prefeitos das cidades de Minneapolis e Saint Paul e nos tr�s condados da �rea metropolitana, incluindo Hennepin, onde aconteceu o incidente, mil soldados da Guarda Nacional patrulham as ruas para evitar mais dist�rbios.
- "Descarga acidental" -
Esta foi a segunda noite consecutiva de protestos em Minneapolis, depois que Wright, 20 anos, morreu ao ser atingido por um tiro da pol�cia quando dirigia ao lado da namorada.
Durante um controle de tr�nsito, uma agente "sacou a arma de fogo ao inv�s do taser", uma pistola el�trica imobiliza��o, e atirou, afirmou o comandante da pol�cia da localidade, Tim Gannon.
"Foi um tiro acidental que resultou na tr�gica morte" de Wright, disse Gannon.
Autoridades judiciais do estado de Minnesota publicaram em um comunicado a identidade da agente envolvida. Kimberly Potter, policial de Brooklyn Center h� 26 anos, foi suspensa.
No v�deo do incidente, registrado pela c�mera da policial, os agentes retiram o jovem do ve�culo e tentam algem�-lo. Mas ele resiste e volta a sentar o carro. � poss�vel ouvir a policial gritar "Taser, Taser". Mas o que se ouve � um tiro.
"Que merda, eu atirei nele", afirma a oficial, enquanto Wright, mortalmente ferido, avan�a com o carro, que bateu algumas ruas adiante.
N�o � poss�vel determinar como a agente confundiu a arma com o taser.
O presidente Joe Biden chamou a morte de "tr�gica", mas advertiu contra qualquer poss�vel manifesta��o violenta. "N�o h� "absolutamente nenhuma justificativa para saques", disse.
- Morte por asfixia -
A nova morte reacendeu o trauma de uma cidade que sofreu v�rias noites de incidentes ap�s a morte do afro-americano George Floyd em 25 de maio de 2020.
As partidas da NBA, MLB e NHL previstas para segunda-feira na regi�o foram suspensas.
Ap�s os incidentes, a defesa do ex-agente acusado pela morte de Floyd, Derek Chauvin, pediu ao juiz que conduz o processo que isolasse o j�ri, preocupado que as manifesta��es pudessem influenciar sua decis�o.
Mas tanto a promotoria quanto o juiz se recusaram a isolar o j�ri
Chauvin enfrenta acusa��es de homic�dio culposo e doloso em segundo grau por seu papel na morte de Floyd, ap�s imobiliz�-lo colocando o joelho sob seu pesco�o quando ele havia sido preso por supostamente ter feito um pagamento com uma nota falsa.
Na segunda-feira, a acusa��o interrogou o renomado cardiologista Jonathan Rich, que abalou a linha de defesa de Chauvin, cujo advogado alega que George Floyd morreu por overdose de fentanil somado a fatores de sa�de.
Rich afirmou que a morte ocorreu devido aos baixos n�veis de oxig�nio induzidos pela "asfixia posicional" a que foi submetido. "N�o vejo nenhuma evid�ncia de que uma overdose de fentanil tenha causado a morte de Floyd", ressaltou.
Um dos irm�os da v�tima, Philonise Floyd, apresentou a um quadro da personalidade de George Floyd, ao recordar com emo��o hist�rias de sua inf�ncia.
Com a ajuda de fotos, ele contou sobre a predile��o de George por sandu�ches de maionese e banana, seu amor pelos esportes e sua proximidade com a m�e, que morreu em 2018. O irm�o n�o conseguiu conter as l�grimas.
A poderosa organiza��o de direitos civis ACLU afirmou que 260 pessoas morreram em a��es da pol�cia em 2021.
MINNEAPOLIS