"Paul Oquist partiu", informou a Presid�ncia por meio de uma nota assinada por Ortega e a vice-presidente, Rosario Murillo. Ambos exaltaram os servi�os de Oquist prestados ao pa�s no campo internacional, que "conhecia t�o bem e com os quais nos relacionava de forma profunda e extraordin�ria".
Oquist, cujo cargo tinha status de ministro, esteve "por tr�s de grande parte da gest�o da pol�tica econ�mica e de pol�ticas internacionais" da Nicar�gua, afirmou em 2020 � AFP a ex-combatente guerrilheira e ex-deputada sandinista Dora Mar�a T�llez.
Segundo ve�culos de imprensa locais, o alto funcion�rio, de 78 anos, nascido em Oak Park, Illinois, e naturalizado nicaraguense na d�cada de 1980, estava internado nos �ltimos dias em um hospital de Man�gua, com sintomas associados � covid-19. A informa��o n�o foi confirmada pelo governo.
Segundo a revista Env�o, da Universidade Centroam�rica, "nos [anos] 80 foi o principal quadro de administra��o p�blica" do primeiro governo de Daniel Ortega com a Frente Sandinista de Liberta��o Nacional (FSLN, esquerda), ap�s a vit�ria da revolu��o.
Ele desempenhou um papel importante nas negocia��es para conseguir a rendi��o de grupos insurgentes contr�rios ao sandinismo, patrocinados por Washington, segundo a publica��o.
Ap�s o retorno de Ortega ao poder em 2007, Oquist - doutor em ci�ncia pol�tica e com v�rias p�s-gradua��es - foi nomeado coordenador do Conselho de Pol�tica Nacional, uma depend�ncia de consulta do governo.
Diz-se que esteve por tr�s da decis�o de n�o decretar quarentena pela covid-19 na Nicar�gua porque considerava que o v�rus "� uma inven��o dos pa�ses capitalistas para resolver problemas internos", disse T�llez.
Em redes sociais foram divulgadas recentemente fotos de Oquist em um local tur�stico do pa�s durante o feriado da Semana Santa.
Oquist foi um dos principais operadores de Ortega em diferentes f�runs internacionais, nos quais assegurava que os protestos opositores que pediam a sa�da do presidente em 2018 foram uma tentativa de golpe de Estado. Organismos humanit�rios estimam que a repress�o tenha deixado mais de 328 mortos.
Essa defesa lhe rendeu ser um dos 24 funcion�rios do c�rculo de Ortega sancionados em outubro pelo governo de Donald Trump nos Estados Unidos.
Foi responsabilizado por difundir "desinforma��o para acobertar os crimes do regime e a ocorr�ncia de abusos horr�veis aos direitos humanos".
Foi membro da comiss�o nacional para o inconclusivo projeto de constru��o de um canal interoce�nico, cedida a um empres�rio chin�s, que prometia investir 40 bilh�es de d�lares.
MAN�GUA