(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MINNEAPOLIS

Policial que matou jovem negro em Minneapolis � acusada por homic�dio culposo


15/04/2021 05:58 - atualizado 15/04/2021 06:01

A policial que atirou e matou um jovem negro perto de Minneapolis foi indiciada na quarta-feira por uma acusa��o de homic�dio culposo e depois liberada por medidas cautelares, em um contexto de protestos nesta cidade.

O clima j� era tenso na cidade do meio-oeste dos Estados Unidos, onde acontece o julgamento do ex-agente que matou o afro-americano George Floyd no ano passado, quando Kim Potter, que � branca, atirou contra contra Daunte Wright, um negro de 20 anos no domingo.

"Os policiais prenderam Kim Potter aproximadamente �s 11h30" locais, informou o Departamento de Apreens�o Criminal de Minnesota em um comunicado.

Potter, com 26 anos de experi�ncia na pol�cia, pode ser condenada a at� 10 anos de pris�o se for considerada culpada.

A mulher, de 48 anos, pediu demiss�o ap�s o incidente sobre o qual ela alega ter confundido sua taser (pistola de choque) com sua arma de servi�o quando atirou em Daunte Wright, em uma blitz de tr�nsito no domingo.

Ap�s a deten��o, ela foi liberada com o pagamento de uma fian�a de 100.000 d�lares e deve comparecer ao tribuna� nesta quinta-feira para uma audi�ncia preliminar, segundo a imprensa local.

"Embora apreciemos o fato de o promotor estar buscando justi�a para Daunte, nenhuma condena��o pode devolver � fam�lia Wright seu ente querido", disse o advogado da fam�lia, Ben Crump, ap�s a pris�o.

"N�o foi um acidente. Foi um uso intencional, deliberado e ilegal da for�a", acrescentou. "Continuaremos a lutar para que Daunte, sua fam�lia e todas as pessoas n�o-brancas marginalizadas obtenham justi�a. E n�o vamos parar at� que haja uma reforma policial e judicial significativa", declarou o advogado.

- Protestos e dist�rbios -

A morte de Wright gerou novos protestos em Minneapolis, Minnesota, onde a tens�o racial aumenta em meio ao julgamento do ex-policial Derek Chauvin pela morte de George Floyd.

Os manifestantes enfrentaram as for�as policiais na quarta-feira, pela quarta noite consecutiva.

A pol�cia de choque usou g�s lacrimog�neo para dispersar os quase 1.000 manifestantes reunidos diante da delegacia de Brooklyn Center, o sub�rbio onde ocorreu o incidente que matou Wright.

- "N�o consigo respirar"" -

A 14 quil�metros de dist�ncia, o juiz que dirige o julgamento de Derek Chauvin rejeitou na quarta-feira uma mo��o da defesa para absolv�-lo pela morte de Floyd.

O advogado de defesa, Eric Nelson, apresentou a mo��o de absolvi��o alegando que os promotores n�o conseguiram provar sua tese contra Chauvin, um homem branco de 45 anos, deixando d�vidas sobre o caso.

Mas o juiz que preside o caso, Peter Cahill, negou o pedido.

O v�deo da pris�o de Floyd - por supostamente usar uma nota falsa de 20 d�lares - e de sua morte em 25 de maio de 2020 geraram protestos nos EUA e em todo o mundo contra a injusti�a racial e a brutalidade policial.

As imagens mostram Chauvin ajoelhado no pesco�o de Floyd por nove minutos, enquanto o negro de 46 anos, algemado no ch�o, diz repetidamente "N�o consigo respirar".

Na ter�a-feira, as fam�lias de Wright e Floyd se reuniram para exigir o fim da brutalidade policial e do assassinato de afro-americanos desarmados por policiaiss brancos.

No caso da morte de Wright, imagens da c�mera utilizada no uniforme dos policiais mostram agentes tirando Wright de seu carro depois de det�-lo por uma infra��o de tr�nsito e descobrir que ele tinha um mandado pendente.

Quando os agentes tentam algemar Wright, ele luta e retorna para o carro. Uma policial grita: "Taser! Taser! Taser!" mas ent�o um tiro � ouvido.

"Estas situa��es mostram o rigor excessivo da pol�cia com rela��o � comunidade negra", afirmou o ativista dos direitos civis Al Sharpton.

"Penso que se Wright ou George (Floyd) fossem de uma cor diferente em uma comunidade diferente, no m�ximo teriam recebido uma multa, mas n�o estariam mortos", acrescentou.

Imran Ali, vice-diretor da divis�o criminal do condado de Washington, onde fica Brooklyn Center, prometeu "processar energicamente" o caso e disse ter "a inten��o de demonstrar que a oficial Potter abandonou sua responsabilidade de proteger o p�blico quando usou sua arma de fogo no lugar da sua pistola Taser".

As autoridades colocaram grades em volta da casa de Potter, no norte de Brooklyn Center, e patrulhavam a regi�o desde que manifestantes amea�aram atacar a propriedade.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)