Am�rica Latina vai recuperar renda per capita pr�-pandemia em 2024, diz FMI

A Am�rica Latina vai recuperar o n�vel de renda per capita que tinha antes da pandemia apenas em 2024, estimou nesta quinta-feira (15) o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), que alertou que a recente onda da covid-19 mancha "as perspectivas de curto prazo" na regi�o.

"A renda per capita n�o voltar� ao n�vel anterior � pandemia at� 2024, o que causar� perdas acumuladas de 30% em rela��o � tend�ncia pr�-pand�mica", apontaram Alejandro Werner, diretor para as Am�ricas do FMI, e outros dois economistas em um blog da entidade.

Em seu �ltimo relat�rio "World Economic Outlook" (WEO) publicado este m�s, o FMI melhorou as perspectivas para a Am�rica Latina, projetando crescimento do PIB regional de 4,6% este ano, ainda abaixo da m�dia global, de 6%.

Assim, em termos de crescimento econ�mico, o FMI alertou que "o recente surto do v�rus no Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, somado � lentid�o na distribui��o de vacinas (exceto no Chile), prejudica as perspectivas de curto prazo".

Os economistas destacaram que a contra��o de 7% experimentada pela regi�o em 2020 foi a mais pronunciada do mundo, superando em muito a m�dia mundial, que foi de -3,3%, e acrescentaram que a proje��o de crescimento para este ano est� abaixo das proje��es para os mercados emergentes.

Pelas proje��es do organismo, o Brasil - que este ano crescer� 3,7% - recuperar� o n�vel do PIB de 2019 em 2022; O M�xico, com uma previs�o de expans�o de 5%, retornar� ao n�vel pr�-pand�mico em 2023, j� que "n�o h� apoio fiscal s�lido e espera-se que o investimento fraco continue".

O FMI destacou o caso do Chile, que crescer� 6,2% e onde o programa de vacina��o � um dos mais avan�ados do mundo.

"No Chile, a rapidez da vacina��o e as importantes pol�ticas de apoio constituem um refor�o no curto prazo. O pa�s deve atingir o patamar do PIB anterior � pandemia este ano", afirmaram os economistas.

Os especialistas da entidade preveem que o plano de al�vio promovido pelos Estados Unidos ter� efeitos positivos para alguns pa�ses centro-americanos por meio do com�rcio e das remessas e essas na��es voltar�o ao patamar do PIB anterior � pandemia em 2022.

"As economias caribenhas que dependem do turismo ser�o as �ltimas a se recuperar (em 2024) devido � lenta retomada da atividade neste setor", alertaram os economistas.

O FMI alertou que "os mercados de trabalho continuam fr�geis: apenas dois ter�os dos que perderam seus empregos no in�cio da pandemia no Brasil, Chile, Col�mbia, M�xico e Peru o recuperaram no final do ano passado".

E destacou ainda que o setor informal - que foi o que registrou as maiores perdas - tem liderado a recupera��o do emprego.

Os especialistas observaram ainda que o fechamento de escolas, que foi mais longo do que em outras regi�es, significar� uma "deteriora��o duradoura do capital humano".

Segundo a an�lise dos t�cnicos do FMI, a renda dos alunos com entre 10 e 19 anos pode ser, em m�dia, 4% menor ao longo da vida, se os dias perdidos em 2020 n�o forem compensados.