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Estado de Minas HAVANA

Partido Comunista de Cuba debate economia e 'subvers�o' na internet


17/04/2021 17:38 - atualizado 17/04/2021 17:43

O oitavo congresso do Partido Comunista de Cuba, que marca a sa�da de Ra�l Castro do poder, aborda, neste s�bado (17), quest�es espinhosas para o pa�s, como a economia, que passa por seu pior momento em quase 30 anos, e a "subvers�o" on-line.

Cerca de 300 delegados do partido de todo pa�s, representando os "mais de 700 mil" militantes, segundo a imprensa oficial, est�o reunidos em Havana para este congresso hist�rico. O evento come�ou a portas fechadas na sexta-feira (16).

Os delegados est�o divididos em tr�s comiss�es de trabalho: uma, dedicada � economia; a segunda, �s atividades ideol�gicas; e a terceira, aos dirigentes e ao papel do partido.

Dirigida pelo primeiro-ministro Manuel Marrero, a primeira destas comiss�es discute as cr�ticas feitas na sexta-feira por Ra�l Castro, de 89 anos, em seu �ltimo grande discurso como m�ximo l�der do partido.

"A estrutura produtiva (do pa�s) n�o � capaz de atender aos n�veis de demanda da popula��o", disse Marrero na abertura dos debates e lembrou que "esse assunto n�o � apenas uma prioridade, mas uma quest�o de seguran�a nacional".

A ilha vive uma crise de escassez de alimentos e outros produtos de primeira necessidade derivada do impacto da pandemia do coronav�rus e do refor�o do embargo dos Estados Unidos, em vigor desde 1962.

No entanto, Marrero destacou que, "apesar do cen�rio complexo", o pa�s n�o "deixou de buscar solu��es para os problemas atuais" nem renunciou "aos planos futuros".

A responsabilidade ficar� nas m�os do presidente Miguel D�az-Canel, de 60 anos, que substituiu Ra�l na presid�ncia em 2018, e ser� nomeado primeiro secret�rio do partido, o mais alto cargo, nesta segunda-feira.

- "Maior dinamismo" -

Em seu informe central, Ra�l defendeu o fim de "trapalhadas e da improvisa��o, que se potencialize a produtividade e a efici�ncia no desempenho do setor estatal". O setor representa 85% da economia do pa�s.

Ele disse tamb�m que ser� necess�rio "dar maior dinamismo ao processo de atualiza��o do modelo econ�mico e social", iniciada por ele mesmo em 2008, com uma abertura cautelosa ao trabalho privado e ao investimento estrangeiro, reformas ainda n�o conclu�das.

"H� limites que n�o podemos ultrapassar, porque as consequ�ncias seriam irrevers�veis e levariam a erros estrat�gicos e � pr�pria destrui��o do socialismo", alertou.

O economista cubano Pedro Monreal ressaltou no Twitter que "os debates sobre os limites da mudan�a nas economias com planejamento centralizado e sistemas pol�ticos de partido �nico t�m girado em torno de dois eixos: sua natureza irreform�vel e a pr�pria defini��o do que deve ser entendido como limite".

Na mesma linha, Norman McKay, analista do The Economist, considerou que "as reformas econ�micas liberalizadoras s�o uma certeza, mas seu ritmo ser� lento, j� que o governo age com cautela, protegendo-se das mudan�as que podem prejudicar seu controle".

Uma das quest�es que incomodam muitos cubanos que n�o t�m acesso a d�lares � a multiplica��o de lojas com moeda estrangeira no pa�s.

"As vendas em moeda livremente convers�vel (d�lares) s�o necess�rias" e "durar�o o tempo que for necess�rio para recuperarmos e fortalecermos a economia", afirmou Ra�l Castro.

O encontro do partido, que vai at� segunda-feira e � o primeiro desde a morte do l�der hist�rico da Revolu��o Fidel Castro, acontece em um momento cr�tico. Em 2020, a economia da ilha despencou 11%, sua maior queda desde 1993.

- A "subvers�o" na internet -

Os debates continuam um dia depois de Ra�l Castro confirmar sua sa�da do cargo de primeiro-secret�rio da entidade, abrindo caminho para uma nova gera��o.

Em um momento em que Cuba vive um boom de internet, Castro se referiu a "mentira, manipula��o e divulga��o de not�cias falsas" nas redes sociais, que buscam mostrar uma Cuba "moribunda e sem futuro, prestes a entrar em colapso e a dar lugar � explos�o social".

"Essas circunst�ncias por si mesmas demandam esta urgente transforma��o (...) no campo ideol�gico", frisou, ao se referir � "subvers�o nas redes".

A chegada da internet m�vel (3G) no final de 2018 permitiu que os cubanos manifestassem suas demandas, denunciassem casos de repress�o e at� organizassem protestos de rua, algo in�dito na ilha.

Cerca de vinte ativistas, jornalistas independentes e artistas denunciaram neste s�bado via Twitter que a pol�cia os impediu de sair de casa, recurso geralmente utilizado para evitar seus encontros.


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