Mais de 200 pessoas se reuniram para ouvir o veredito do julgamento contra o policial acusado de matar Floyd, um afro-americano que morreu asfixiado durante sua pris�o, em um caso que gerou protestos contra a injusti�a racial em todo o mundo.
"Culpado de todas as tr�s acusa��es", anunciou uma voz masculina em um megafone, enquanto as l�grimas escorriam por v�rios rostos da multid�o. "Hoje celebramos a justi�a para a nossa cidade", acrescentou.
"Eu n�o posso acreditar... Culpado", disse Lavid Mack, de 28 anos, de p� em um bloco de concreto para ter uma vis�o melhor do que estava acontecendo. Ele n�o achava que Chauvin seria considerado culpado.
Uma mulher saiu do meio da multid�o, abalada demais para falar, e caiu nos bra�os de uma amiga. Outra, emocionada, expressou seu al�vio: "Agora podemos, finalmente, come�ar a respirar", disse Amber Young. "Este ano foi t�o traum�tico, agora espero alguma cura", acrescentou.
- 'Poder negro' -
Com os punhos no ar, uma d�zia de pessoas come�ou a gritar: "Poder negro! Poder negro!". Antes do veredito, um homem agitava uma garrafa de conhaque no meio da multid�o, na esperan�a de abri-la caso Chauvin fosse considerado culpado.
A rua em frente ao tribunal estava fechada ao tr�fego e v�rios ve�culos que desviaram tocaram suas buzinas em apoio � multid�o. O pal�cio de justi�a foi cercado por blindados e barreiras de prote��o, devido � repercuss�o do caso, que gerou os maiores protestos contra o racismo e a viol�ncia policial de uma gera��o.
A celebra��o, no entanto, transferiu-se rapidamente para o sul da cidade, onde Floyd foi morto. Naquela esquina, mais de mil pessoas se reuniram para comemorar a decis�o do j�ri, dan�ando ao ritmo de uma banda que alegrava a cena.
Rachel Shield, 42, branca, levou os dois filhos para o momento hist�rico. "Sentimos que era muito importante estarmos presentes. Temos muito poucas oportunidades de vencer nesta luta. Estamos em festa esta noite, e continuamos lutando e avan�ando."
Nessa zona residencial, ao contr�rio do centro da cidade, as lojas permaneceram abertas e os sinais de que se trata do local do assassinato est�o por toda parte. Para Hannan Aboubaker, 28, a condena��o deve representar uma mudan�a. "A pol�cia tem se comportar conosco com dignidade e respeito, e n�o com preconceito. Tem que nos tratar da mesma forma que trataria uma pessoa branca."
MINNEAPOLIS