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Estado de Minas MINNEAPOLIS

Ex-policial Derek Chauvin culpado de todas as acusa��es pela morte de George Floyd


21/04/2021 11:00 - atualizado 21/04/2021 11:02

O ex-policial branco Derek Chauvin foi considerado culpado na ter�a-feira pelo assassinato do afro-americano George Floyd, depois de um julgamento que se tornou um s�mbolo da viol�ncia policial contra as minorias nos Estados Unidos.

Depois de tr�s semanas de processo, um j�ri em Minneapolis, norte dos Estados Unidos, deliberou por menos de 11 horas antes de considerar de forma un�nime Chauvin culpado das tr�s acusa��es de assassinato em segundo e terceiro grau e homic�dio culposo das quais era alvo pela morte de Floyd em 25 de maio de 2020.

Uma multid�o reunida em frente � corte no centro de Minneapolis explodiu de alegria quando o veredicto foi anunciado ao final de um julgamento de tr�s semanas. Muitos se abra�avam e choravam de emo��o.

No tribunal, Chauvin, vestindo terno e gravata e solto sob fian�a, foi algemado depois que o juiz Peter Cahill leu as decis�es un�nimes do j�ri multirracial formado por sete mulheres e cinco homens.

O ex-policial de 45 anos estava de m�scara e n�o demonstrou qualquer emo��o ao ser escoltado para fora da sala do tribunal, enquanto o irm�o de George Floyd, Philonise Floyd, abra�ava os promotores.

O juiz Cahill anunciar� a senten�a em oito semanas. Chauvin pode passar 12 anos e meio na pris�o, mas a condena��o pode ser consideravelmente maior se o magistrado concluir que h� circunst�ncias agravantes.

Em 25 de maio de 2020, Chauvin foi filmado em v�deo ajoelhado por mais de nove minutos sobre o pesco�o de Floyd, mesmo quando o homem corpulento de 46 anos, algemado, implorava: "Por favor, n�o consigo respirar".

As imagens, registradas por pedestres que testemunharam a pris�o de Floyd, acusado de comprar cigarros com uma nota falsa de 20 d�lares, foram assistidas por milh�es de pessoas dentro e fora do pa�s.

"� uma vit�ria para os que lutam pela justi�a", disse Ben Crump, advogado da fam�lia Floyd. "Sa�mos de Minneapolis sabendo que o pa�s � melhor".

"Agora vamos poder respirar um pouco melhor", declarou Rodney Floyd, irm�o da v�tima, em refer�ncia �s �ltimas palavras de George.

Na ter�a-feira, pouco antes do an�ncio do veredicto, a pol�cia de Columbus, no estado de Ohio, norte dos Estados Unidos, matou a tiros uma adolescente afro-americana de 16 anos que aparentemente atacava outra pessoa com uma faca.

- Biden "aliviado" -

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se disse "aliviado" ao saber do veredicto, durante uma conversa por telefone com familiares de Floyd que eles divulgaram nas redes sociais.

"Estamos todos t�o aliviados", disse Biden. "Voc�s s�o uma fam�lia incr�vel. Teria adorado estar a� para abra��-los", acrescentou, prometendo levar os familiares de Floyd � Casa Branca no Air Force One.

No Sal�o Oval, o presidente fez um pronunciamento formal sobre o veredicto transmitido pela televis�o, ao lado da vice-presidente Kamala Harris.

Em sua fala, Biden denunciou o "racismo sist�mico" que "mancha" a alma dos Estados Unidos.

"O veredicto de culpa n�o trar� George de volta", disse o presidente. Mas pode marcar o momento de uma "mudan�a significativa", acrescentou, pedindo unidade � na��o e para n�o deixar que os "extremistas que n�o t�m nenhum interesse na justi�a social" tenham "�xito".

Harris, a primeira mulher e primeira vice-presidente negra do pa�s, considerou este "um dia de justi�a nos Estados Unidos".

Barack Obama, o primeiro presidente negro da hist�ria do pa�s, afirmou que "um j�ri fez o correto", mas que a "verdadeira justi�a exige muito mais".

A Alta Comiss�ria da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, afirmou que qualquer veredicto diferente "teria sido uma nega��o da justi�a" pediu a ado��o de "medidas ainda mais en�rgicas para evitar mais assassinatos arbitr�rios".

Em suas alega��es finais nesta segunda-feira, a promotoria mostrou trechos do v�deo chocante da morte de Floyd.

"Podem acreditar no que viram", disse o promotor Steve Schleicher. "N�o se tratou de vigil�ncia policial, se tratou de assassinato", insistiu. "Nove minutos e 29 segundos de abuso de autoridade impactante".

"O acusado � culpado das tr�s acusa��es. E n�o h� desculpa", afirmou.

O advogado de defesa Eric Nelson disse ao j�ri que Chauvin "n�o usou for�a ilegal de prop�sito".

"Isto n�o foi um estrangulamento", disse, justificando as a��es de Chaufvin e dos outros policiais que mantiveram Floyd no ch�o.

O senador Tim Scott, um dos tr�s republicanos negros no Congresso, afirmou que "n�o h� d�vida" de que o j�ri tomou a decis�o correta.

"Embora este resultado deva nos dar uma confian�a renovada na integridade de nosso sistema judicial, sabemos que h� mais trabalho por fazer para garantir que as ma��s podres n�o definam os policiais, disse.

- Tens�o -

Antes do veredicto, tropas da Guarda Nacional foram mobilizadas em Minneapolis e Washington, a capital do pa�s, devido a temores de dist�rbios.

Minneapolis tem sido cen�rio de protestos noturnos desde que Daunte Wright, um jovem negro de 20 anos, foi morto a tiros em um sub�rbio desta cidade de Minnesota em 11 de abril por uma policial branca.

O veredicto tamb�m vai afetar os tr�s ex-colegas de Derek Chauvin - Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao -, que ser�o julgados em agosto por "cumplicidade em assassinato".


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