O acordo clim�tico de Paris de 2015 prev� manter o aquecimento abaixo de +2 �C, e se poss�vel +1,5 �C, em compara��o com a era pr�-industrial, mas a primeira s�rie de Contribui��es Nacionalmente Determinadas (NDCs) dos signat�rios colocou o planeta em uma trajet�ria entre +3 �C e +4 �C.
Algumas pot�ncias importantes, come�ando pelos Estados Unidos, revelaram sua nova NDC nesta quinta e os outros o far�o na confer�ncia da ONU, a COP26, marcada para o outono (primavera no Brasil) em Glasgow, na Esc�cia.
Segundo o enviado dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, com esses novos an�ncios os pa�ses que representam mais da metade da economia mundial ter�o se comprometido a reduzir as emiss�es com o objetivo global de diminuir o aquecimento.
- Estados Unidos -
O presidente Joe Biden prometeu reduzir as emiss�es de gases do efeito estufa da maior economia do mundo em 50% a 52% at� 2030, em rela��o aos n�veis de 2005.
Essa meta quase duplica o compromisso anterior de Washington de uma redu��o de 26 a 28% at� 2025 e deve permitir que os Estados Unidos, o segundo maior poluidor do mundo, alcancem a neutralidade de carbono at� 2050.
De acordo com o grupo Climate Action Tracker (CAT), esse � "um importante passo � frente", embora seja necess�rio diminuir as emiss�es em pelo menos 57% at� 2030 para contribuir com a meta de um aquecimento global mantido em +1,5 �C.
- Jap�o -
O primeiro-ministro Yoshihide Suga tamb�m elevou a meta para o Jap�o, o quinto pa�s em termos de emiss�es de CO2, prometendo reduzi-las em 46% at� 2030 em compara��o a 2013. A meta anterior era de 26%.
O pa�s j� havia prometido em novembro uma meta de neutralidade de carbono para 2050.
O CAT lamenta que T�quio n�o tenha conseguido cortar as emiss�es pela metade.
- Canad� -
O Canad�, por sua vez, reduzir� suas emiss�es entre 40% e 45% at� 2030, em rela��o ao n�vel de 2005, em vez da meta anterior de 30%, anunciou o primeiro-ministro Justin Trudeau.
Ele se comprometeu a consagrar esse compromisso por lei e reiterou sua meta de alcan�ar a neutralidade de carbono em 2050.
- Brasil -
O presidente Jair Bolsonaro anunciou que o Brasil almeja obter a neutralidade de carbono at� 2050, dez anos antes do previsto.
Diante de observadores c�ticos, j� que o presidente de extrema direita n�o havia demonstrado nenhum compromisso ambiental real, Bolsonaro confirmou outra promessa feita pouco antes da c�pula, a de acabar com o "desmatamento ilegal" at� 2030.
Desde que o ex-militar assumiu o poder em janeiro de 2019, as �reas desmatadas da Amaz�nia aumentaram drasticamente.
- Europa -
O primeiro-ministro brit�nico, Boris Johnson, que sediar� a COP26 no final do ano e pretende se apresentar como l�der mundial na luta contra as mudan�as clim�ticas, refor�ou o compromisso de Londres com a redu��o das emiss�es: 78% at� 2035, em compara��o a 1990. A meta anterior era de 68% at� 2030.
A Uni�o Europeia confirmou um corte de pelo menos 55% nas suas emiss�es at� 2030, tamb�m em compara��o com 1990.
- Os outros -
A China, o principal pa�s poluidor, com mais de um quarto das emiss�es mundiais de gases de efeito estufa, n�o anunciou novas ambi��es, mas prometeu no ano passado come�ar a reduzi-las antes de 2030 para buscar a neutralidade de carbono at� 2060.
O presidente Xi Jinping reafirmou esses n�meros e prometeu cooperar com os Estados Unidos e o resto do mundo nessa quest�o.
J� o presidente Vladimir Putin garantiu que a R�ssia, quarto maior emissor do mundo, manter� seus compromissos, considerados, por�m, extremamente insuficientes pelo CAT.
Por sua vez, a Coreia do Sul prometeu que pararia de financiar usinas termel�tricas a carv�o no exterior.
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WASHINGTON
Os novos compromissos dos grandes poluidores na c�pula do clima
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