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Estado de Minas TARASCON-SUR-ARI�GE

Termina experimento na Fran�a em que 15 pessoas ficaram confinadas em caverna por 40 dias


24/04/2021 15:26

Depois de 40 dias enclausurados, 15 volunt�rios deixaram uma caverna nos Pirineus, no sudoeste da Fran�a, neste s�bado (24), onde foram confinados para conduzir um experimento sobre os limites da adapta��o humana ao isolamento.

As sete mulheres e oito homens, com idades entre 27 e 50 anos, emergiram da gruta deslumbrados com o sol, por volta das 10h30 locais (05h30 de Bras�lia), com as faces ligeiramente p�lidas mas visivelmente em boas condi��es f�sicas.

Sem rel�gio, telefone ou luz natural, os 14 volunt�rios, liderados pelo explorador franco-su��o Christian Clot, tiveram que se acostumar com os 12 graus e 95% de umidade da caverna de Lombrives em Ari�ge, gerando sua pr�pria eletricidade atrav�s de um sistema de pedais e extrair �gua a uma profundidade de 45 metros.

"A umidade � muito chocante. A necessidade de alimentos aumentou com o tempo e o cansa�o", revelou Clot, que falou extensivamente com a imprensa. Outros participantes notaram que tiveram a impress�o de que muito menos tempo havia passado no momento em que foram avisados de que o per�odo de 40 dias havia terminado.

"Foi um verdadeiro choque. Achei que ainda faltavam cinco ou seis dias", afirmou Emilie Kim Foo, uma enfermeira de 29 anos que fazia parte do grupo.

Durante o experimento, denominado "Deep Time" (Tempo Profundo), os participantes tamb�m observaram uma grande disparidade nos ciclos de sono. Assim, quando algumas pessoas se levantavam, outras iam deitar.

"N�o t�nhamos pontos de refer�ncias temporais", explicou Tiphaine Vuarier, de 32 anos.

"Provavelmente dormimos mais em algumas noites e menos em outras", disse Marie Caroline Lagache, uma joalheria de 50 anos.

Normalmente, "n�o me lembro dos meus sonhos, mas surpreendentemente me lembro de alguns na caverna", revelou Arnaud Burel, um bi�logo de 29 anos.

- Experi�ncia "inovadora" -

Segundo Clot, fundador do Instituto de Adapta��o Humana, este experimento visa estudar nossas capacidades de adapta��o � perda de pontos de refer�ncia espa�o-temporais, quest�o levantada sobretudo com a crise sanit�ria provocada pela pandemia da covid-19.

Apesar da participa��o de pesquisadores, v�rios cientistas criticaram a aus�ncia de um arcabou�o suficientemente "rigoroso" para o experimento.

Etienne Koechlin, diretor do laborat�rio de neuroci�ncia cognitiva da Escola Normal Superior (ENS), que participa das pesquisas do "Deep Time", defende seu car�ter "inovador".

Os dados sobre o c�rebro e as habilidades cognitivas dos participantes coletados antes de entrar na caverna ser�o comparados com os da sa�da, a fim de estudar as altera��es no sistema nervoso ligadas a este ambiente excepcional.

Como outros pesquisadores, Pierre Marie Lledo, diretor do laborat�rio "Genes, Sinapse e Cogni��o" do Centro Nacional de Pesquisas Cient�ficas (CNRS) e da unidade "Percep��o e Mem�ria" do Instituto Pasteur, aponta a aus�ncia de um " grupo controle", o que impede a valida��o cient�fica dos resultados.

No total, o "Deep Time" exigiu mais de US$ 1,4 milh�o em financiamento, envolvendo parceiros p�blicos e privados.

"A sa�da da caverna � muito dif�cil de vivenciar, � preciso ressincronizar com o (nosso) mundo e se despedir" ap�s 40 dias juntos, concluiu o l�der da expedi��o.


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