Parlamento italiano aprova ambicioso plano de recupera��o econ�mica de Draghi

O Parlamento italiano aprovou nesta ter�a-feira (27) por ampla maioria o ambicioso plano de recupera��o econ�mica do pa�s, elaborado pelo economista e primeiro-ministro Mario Draghi.

O plano, de seis anos de dura��o, no valor de 222,1 bilh�es de euros e financiado pela Uni�o Europeia, dever� reativar a economia da pen�nsula, devastada pela pandemia do coronav�rus.

A iniciativa teve 442 votos favor�veis, 19 contr�rios e 51 absten��es entre os deputados, e � noite o Senado deu luz verde com 224 votos favor�veis, 16 contr�rios e 21 absten��es.

O governo italiano quer submeter seu plano � Comiss�o Europeia, em Bruxelas, no m�ximo at� a sexta-feira.

Draghi, que chefia uma coaliz�o heterog�nea da esquerda � direita, pediu a r�pida aprova��o para poder acessar o quanto antes os fundos europeus.

Com isso, respondeu �s duras cr�ticas da l�der da extrema direita Irm�os de It�lia, Giorgia Meloni, que se absteve de votar e alegou que "n�o se pode aprovar um documento t�o estrat�gico, de mais de 300 p�ginas, com apenas 24 horas para estud�-lo".

A It�lia � o principal benefici�rio do plano europeu de recupera��o com 191,5 bilh�es de euros em empr�stimos e subven��es, o qual deve ser aplicado em menos de seis anos.

A essa quantia soma-se um fundo nacional de 30,6 bilh�es de euros, gra�as a uma amplia��o do d�ficit.

Para depois de 2026, o governo de Draghi programou gastos da ordem de 26 bilh�es de euros, com o que os fundos totais chegam a 248 bilh�es de euros.

"Trata-se de um desafio hist�rico para a It�lia, que apenas acaba de come�ar", comentou Sergio Luciano, diretor da revista especializada Economy.

Entre as principais prioridades est�o a renova��o de boa parte de suas infraestruturas, que inclui construir ferrovias, autoestradas e inclusive portos.

"N�o se trata apenas de planos e programas. � um investimento no futuro e nas novas gera��es", disse Draghi.

A It�lia quer fechar o abismo entre o norte desenvolvido e o sul pobre da pen�nsula, entre homens e mulheres, e entre gera��es, assim como acabar com a intrincada burocracia italiana e a lend�ria lentid�o de sua justi�a.

Outro desafio-chave ser� a transi��o econ�mica, os projetos de energia com hidrog�nio, o desenvolvimento de fontes renov�veis, assim como a digitaliza��o.