Milhares de pessoas chegam anualmente de seus pa�ses ao Brasil e Chile, onde trabalham por um tempo para juntar dinheiro e, depois, empreender uma travessia arriscada por uma dezena de pa�ses at� a fronteira do M�xico com os Estados Unidos.
A ONG lamentou que, nas pesquisas feitas com os migrantes, "fique em evid�ncia a brutalidade dessa rota e o sofrimento pelo qual essa popula��o tem que passar, que vai de roubos at� amea�as e diferentes tipos de viol�ncia". As fam�lias reportam dias sem acesso a comida, �gua e alojamento, e "89% disseram que foram v�timas de um epis�dio de viol�ncia durante o trajeto", denunciou.
A migra��o pela Am�rica Latina, que aumentou na �ltima d�cada, costumava ingressar em Honduras a partir da Nicar�gua pelo departamento de Choluteca. Mas desde o fim do ano passado, muitos optam por entrar por Trojes, uma pequena comunidade perdida entre as montanhas.
Esses migrantes "n�o contam com um alojamento seguro, a comida � escasa, sua condi��o de sa�de � prec�ria e a gest�o dos tr�mites migrat�rios � lenta", lamentou a MSF, que tem membros espalhados pela regi�o para dar apoio.
Para seguir caminho, os migrantes t�m que pagar um salvo-conduto de 195 d�lares e continuar o percurso at� a Guatemala. Segundo a MSF, em Trojes eles t�m que esperar at� 15 dias para obter a permiss�o, uma demora que se deve ao n�mero reduzido de funcion�rios no local, aonde chegam diariamente at� mil pessoas, segundo a ONG.
"Essas pessoas tampouco t�m recursos para manter as condi��es adequadas de biosseguran�a, a fim de prevenir doen�as como a Covid-19", assinalou Dina Aloi, coordenadora do projeto da MSF em Tegucigalpa. A ONG atende em Trojes uma m�dia de 45 pessoas por dia, j� tendo realizado 326 atendimentos m�dicos e 100, psicol�gicos.
TEGUCIGALPA