O �ndice de desemprego chegou a 14,4%, contra 11,6% no mesmo per�odo do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), que realiza seus relat�rios com base em trimestres m�veis.
O aumento percentual, de 0,2 ponto em rela��o a novembro 2020-janeiro 2021, foi o segundo consecutivo depois de quatro meses de queda, e aproxima o �ndice do recorde hist�rico de 14,6% registrado em julho-setembro de 2020.
"Nos chama aten��o o recorde na popula��o desocupada que atingiu nada menos que 14,4 milh�es. Isto refor�a a perspectiva de que o mercado de trabalho est� fr�gil e assim a demanda dom�stica n�o pode ser considerada um motor do PIB para este ano", escreveu o analista Andr� Perfeito, da consultoria Necton.
A fragilidade do mercado de trabalho n�o � refletida apenas no �ndice de desemprego, que leva em considera��o as pessoas em busca ativa de trabalho. Tamb�m � visto no contingente de "desalentados" (que deixaram de buscar emprego por falta de oportunidades), que chegou em dezembro-fevereiro a um recorde de 6 milh�es, um aumento anual de 26,8%.
"Em um ano de pandemia, houve redu��o de 7,8 milh�es de postos de trabalho", diz o relat�rio do IBGE.
O PIB do Brasil caiu 4,1% em 2020, muito menos que o inicialmente esperado, gra�as ao aux�lio emergencial concedido a quase um ter�o da popula��o. Esse aux�lio, que foi interrompido em janeiro, foi retomado em abril, mas para um segmento menor da popula��o e com quantias menores.
As previs�es do mercado s�o de um crescimento econ�mico de 3,09% este ano da maior economia latino-americana, uma estimativa revisada recentemente para baixo, devido ao impacto da segunda onda da pandemia, muito mais mortal que a primeira.
O primeiro caso de coronav�rus foi registrado no Brasil em fevereiro de 2020, e a primeira morte, em mar�o do mesmo ano. Desde ent�o, mais de 400.000 brasileiros perderam a vida por causa da doen�a, sem que o pa�s veja o fim do t�nel devido � lentid�o das campanhas de vacina��o e � falta de coordena��o pol�tica.
Uma comiss�o parlamentar, CPI da Covid, investiga as responsabilidades do governo do presidente Jair Bolsonaro no descontrole da crise de sa�de.
RIO DE JANEIRO