(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GLASGOW

Escoceses v�o �s urnas entre esperan�a de independ�ncia e divis�o


03/05/2021 09:07

Os escoceses renovam seu Parlamento local nesta quinta-feira (6), em uma elei��o na qual o partido da primeira-ministra Nicola Sturgeon espera obter um mandato claro que lhe permita pressionar e realizar um novo referendo de independ�ncia.

De acordo com a l�der do SNP (Partido Nacional Escoc�s), uma maioria pr�-independ�ncia no Parlamento local, que tem 129 cadeiras, privaria, segundo ela, o primeiro-ministro brit�nico, Boris Johnson, de qualquer "justificativa democr�tica, eleitoral, ou moral" para se opor ao referendo.

Em 2014, 55% dos escoceses optaram por ficar no Reino Unido. Segundo Johnson, essa � uma consulta que pode ser feita apenas "uma vez a cada gera��o".

Os defensores de um novo referendo consideram, por�m, que o Brexit, ao qual 62% dos escoceses se opuseram, mudou as coisas. Em particular, para os setores da pesca e da agricultura, muito afetados pela sa�da da Uni�o Europeia (UE).

Depois de uma s�rie de pesquisas que nos �ltimos meses deram maioria � independ�ncia, a tend�ncia parece estar se invertendo. De acordo com uma sondagem realizada pelo Savante ComRes esta semana, 49% dos escoceses votariam "n�o" em um referendo imediato, contra os 42% que votariam "sim".

Nicola Sturgeon, cuja popularidade entre os escoceses se consolidou gra�as � sua gest�o da crise do coronav�rus, pretende esperar o fim da pandemia. Seu partido promete um referendo no mais tardar em 2023.

De acordo com o SNP, a independ�ncia tornaria a Esc�cia e seus 5,5 milh�es de habitantes uma "na��o mais justa e pr�spera", que eventualmente aspiraria a se juntar � Uni�o Europeia.

Os opositores da independ�ncia temem que a recupera��o possa ser prejudicada ap�s a pandemia. Para o chefe dos conservadores escoceses, Douglas Ross, um novo referendo seria uma "distra��o".

De acordo com o trabalhista Anas Sarwar, um dentista de 37 anos, a Esc�cia precisa de formuladores de pol�ticas "que queiram unificar" o Reino Unido, e "n�o dividi-lo".

A popula��o se questiona sobre o calend�rio.

"Eu apoio a independ�ncia em princ�pio, mas n�o sei se este � o momento certo, especialmente com a pandemia", explica David Collin, rela��es p�blicas de 42 anos.

As restri��es de sa�de for�aram os partidos a fazer campanha on-line.

"� uma situa��o muito estranha - � uma vota��o importante, mas o p�blico n�o est� muito motivado", diz Christopher Carman, professor de cidadania na Universidade de Glasgow.

No sistema h�brido, os eleitores votam duas vezes: em um candidato de sua circunscri��o e em um partido.

No total, 56 deputados do Parlamento local s�o eleitos pelo sistema proporcional.

� nesta fase que se concentra Alex Salmond, o antecessor de Nicola Sturgeon � frente da Esc�cia e do SNP.

Seu rec�m-criado partido, o Alba, com o qual pretende formar uma "supermaioria" pr�-independ�ncia, vem ganhando apoio crescente de acordo com as �ltimas pesquisas.

Nicola Sturgeon o acusa de "brincar com o futuro do pa�s". A primeira-ministra e seu ex-mentor entraram em confronto p�blico sobre como lidaram com as acusa��es de agress�o sexual, das quais Salmond acabou sendo absolvido.

Em seu programa, o SNP argumenta que a independ�ncia permitir� que a Esc�cia controle sua economia e est� comprometido com a cria��o de novos empregos verdes e com o apoio �s start-ups.

Insiste ainda na necessidade de o setor da pesca poder ter acesso ao mercado �nico europeu. J� os conservadores alegam que a independ�ncia vai "prejudicar" a economia.

Entre os eleitores, alguns criticam a imprecis�o.

"Algumas das pol�ticas propostas h� sete anos (no �ltimo referendo) eram um tanto fantasiosas e n�o parecem ter sido esclarecidas desde ent�o", lamenta Peter Constable, um aposentado de 68 anos de Glasgow.

A Esc�cia tem um d�ficit p�blico maior do que o Reino Unido como um todo, ent�o, em caso de independ�ncia, dever� cortar despesas, ou aumentar impostos, al�m de reorientar seu com�rcio, destaca David Bell, professor de economia da Universidade de Stirling.

Em caso de reintegra��o � UE, surgem algumas d�vidas sobre a moeda que seria usada na Esc�cia, o funcionamento de seu Banco Central e suas fronteiras, acrescenta.

Mas a Esc�cia "poderia se sair bem", diz ele, gra�as �s energias renov�veis e como um centro financeiro de l�ngua inglesa.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)