Em sua declara��o preliminar perante a comiss�o, Mandetta afirmou que, ap�s a declara��o do estado de pandemia por parte da Organiza��o Mundial da Sa�de, sua a��o foi determinada pela "defesa intransigente da vida", assim como pela "ci�ncia como elemento de decis�o".
Uma postura que, de acordo com muitos especialistas, se op�s �s atitudes de Bolsonaro, que minimizou a doen�a, se mostrou contra o uso de m�scaras, incentivou aglomera��es e defendeu o uso de medicamentos sem efic�cia cient�fica comprovada contra o novo coronav�rus.
Os primeiros convocados pela Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) foram os quatro ministros da Sa�de que se sucederam desde o in�cio da crise da sa�de.
Madetta, ortopedista e ex-deputado, foi substitu�do em abril de 2020 pelo oncologista Nelson Teich, que renunciou menos de um m�s depois, sob forte press�o para ampliar o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes internados com a covid-19.
O terceiro convocado � o general Eduardo Pazuello, que ficou no cargo at� o �ltimo m�s de mar�o, e exercia essa fun��o durante o colapso de Manaus, quando dezenas de pessoas morreram por falta de oxig�nio nos hospitais.
Pazuello deveria prestar depoimento na quarta-feira, mas o presidente da CPI informou que a convoca��o ser� adiada porque o ex-ministro entrou em quarentena depois de ter estado em contato com duas pessoas com covid-19.
Os �ltimos depoimentos esperados para esse primeiro momento s�o os do atual ministro, Marcelo Queiroga, e do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
Entre os pontos a serem esclarecidos est� o atraso na campanha de vacina��o. At� agora, 14% da popula��o do pa�s, com 212 milh�es de habitantes, recebeu a primeira dose e somente 6,7% a segunda, interrompida em v�rias cidades por falta do imunizante CoronaVac.
O andamento dessa comiss�o tem o potencial de complicar uma poss�vel reelei��o de Bolsonaro em outubro de 2022.
O relator da comiss�o, Renan Calheiros, afirmou na semana passada que a investiga��o n�o far� "a��es de persegui��o", mas alertou sobre a necessidade de punir os respons�veis "imediata e emblematicamente".
O Brasil vivenciou os meses mais mortais da pandemia em mar�o e abril deste ano. A m�dia de �bitos � de 2.384 nos �ltimos sete dias, ap�s ter ultrapassado os 3.000 h� algumas semanas. A ocupa��o de unidades de terapia intensiva est� acima de 80% em quase todos os estados.
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