Com o voto de quatro dos cinco ju�zes (um se absteve), a corte acatou a queixa apresentada pela prefeitura de Buenos Aires e considerou que o decreto do presidente Alberto Fern�ndez ordenando o retorno ao ensino remoto na capital argentina e em sua periferia violava a autonomia da capital federal.
Fern�ndez criticou a decis�o: "Entristece-me ver a decrepitude do direito convertido em senten�as. Cuidarei da sa�de dos argentinos, por mais que escrevam muitas folhas de senten�as", declarou durante um ato, ao anunciar um plano para refor�ar a conectividade nas escolas. A vice-presidente, Cristina Kirchner, tamb�m questionou a decis�o, e lembrou que os ju�zes est�o trabalhando remotamente.
Em 18 de abril, ante o aumento exponencial dos casos de Covid-19, Fern�ndez decretou, entre outras medidas, a suspens�o das aulas presenciais por 15 dias, para reduzir a circula��o de pessoas na regi�o metropolitana de Buenos Aires. O prefeito opositor Horacio Larreta apresentou um recurso de amparo referente � capital, mas na periferia, que pertence � prov�ncia de Buenos Aires, o governador Axel Kicillof aderiu � suspens�o das aulas presenciais.
Na �ltima sexta-feira, o presidente prorrogou o decreto at� 21 de maio. Horacio Larreta defendeu a manuten��o das aulas presenciais nos n�veis de pr�-escola e ensino b�sico, e uma modalidade mista no ensino fundamental. A resposta foi uma greve de professores com alta ades�o nas escolas p�blicas.
A queda de circula��o na regi�o metropolitana de Buenos Aires conseguiu conter o aumento dos casos de Covid, apesar de a m�dia di�ria superar 16 mil casos, com mais de 500 mortos. O pa�s soma mais de 3 milh�es de casos e quase 65 mil mortos.
BUENOS AIRES