A calma retornou � noite a Jerusal�m Oriental, parte palestina da cidade ocupada por Israel em 1967 e posteriormente anexada. A Cidade Sagrada vive dias de tens�o devido �s manifesta��es de palestinos que acontecem h� uma semana, contra os planos de expulsar fam�lias palestinas do bairro Sheikh Jarrah em benef�cio dos colonos israelenses. Al�m disso, a pol�cia matou dois palestinos e feriu gravemente um terceiro, depois que estes abriram fogo contra um posto de controle militar no norte da Cisjord�nia.
O coordenador da ONU para o Oriente M�dio, Tor Wennesland, disse estar "profundamente preocupado" com a situa��o e pediu "responsabilidade e calma". "Responsabilizamos Israel pelos acontecimentos perigosos na Cidade Velha", disse o presidente palestino, Mahmud Abas, que descreveu os palestinos reunidos na Esplanada das Mesquitas como "um povo heroico".
O movimento armado palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, convocou os palestinos a permanecerem na pra�a de s�bado � noite at� a manh� de quinta-feira, quando poderia terminar o ramad�. "A ocupa��o israelense deve se dar conta de que a resist�ncia est� preparada para defender Al-Aqsa a qualquer pre�o", afirmou.
Os partidos �rabes israelenses pediram protestos nas cidades de Israel povoadas principalmente por �rabes. A Jord�nia, guardi� oficial dos locais mu�ulmanos sagrados em Jerusal�m Oriental, denunciou o que chamou de "agress�o selvagem" das for�as de seguran�a israelenses.
- Incidentes na Esplanada -
A Esplanada das Mesquitas, chamada de Monte do Templo pelos judeus, � o terceiro lugar mais sagrado do islamismo e est� localizada logo acima do Muro das Lamenta��es, local de ora��o mais importante para os judeus. Embora a tens�o seja comum naquela parte da Cidade Velha de Jerusal�m, n�o costuma haver viol�ncia dentro da Esplanada, que geralmente � monitorada � dist�ncia pela pol�cia israelense.
Esta sexta-feira, por�m, era a �ltima do m�s de jejum do ramad�, por isso um grande n�mero de mu�ulmanos se reuniu na famosa esplanada. Segundo a pol�cia israelense, "centenas de pessoas atiraram pedras, garrafas e outros objetos contra os policiais, que reagiram". O porta-voz Wassem Badr classificou o fato de "dist�rbios violentos".
Manifesta��es contra a possibilidade de quatro fam�lias palestinas serem despejadas de suas casas no bairro de Shaykh Jarrah acontecem diariamente ao cair da noite. Os protestos de hoje naquela �rea resultaram em confrontos que deixaram quatro palestinos feridos, segundo o Crescente Vermelho.
A disputa gira em torno da propriedade de um terreno onde foram constru�das v�rias casas onde vivem essas quatro fam�lias palestinas. O tribunal distrital de Jerusal�m decidiu em favor das fam�lias judias que reivindicam a propriedade da terra.
Segundo a lei israelense, se os judeus puderem provar que sua fam�lia vivia em Jerusal�m Oriental antes da guerra �rabe-israelense de 1948, eles podem pedir que seus "direitos de propriedade" sejam restaurados - uma legisla��o que os palestinos contestam fortemente.
- Disparos contra militares -
No incidente no norte da Cisjord�nia, "tr�s terroristas atiraram na dire��o da base da guarda de fronteira em Salem", uma cidade palestina perto da cidade de Jenin, afirmou a pol�cia. As for�as de seguran�a responderam com o uso de armas de fogo, segundo esta fonte.
Dois dos tr�s agressores morreram, segundo fontes m�dicas. O terceiro est� internado em um hospital israelense em "estado cr�tico", disse a pol�cia. No mesmo dia, um adolescente palestino de 16 anos foi morto por tiros do ex�rcito israelense, segundo fontes palestinas.
O ataque desta sexta-feira coincidiu com o "Dia de Al-Qods (Jerusal�m em �rabe)", celebrado anualmente nos pa�ses da regi�o e, principalmente, no Ir�, inimigo jurado de Israel, em apoio ao povo palestino.
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JERUSAL�M
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