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Estado de Minas CABUL

Afeg�os enterram v�timas de atentado contra escola de meninas em Cabul


09/05/2021 08:40

Dezenas de meninas foram enterradas neste domingo (9) em um cemit�rio localizado no topo de uma colina em Cabul, um dia ap�s o ataque mais mortal em um ano, que teve como alvo uma escola.

Uma s�rie de explos�es ocorreu em frente a esta escola para meninas no momento em que os moradores faziam compras, matando mais de 50 pessoas, a maioria estudantes do ensino m�dio, e ferindo cerca de 100.

Este ataque ocorreu no distrito Hazara de Dasht-e-Barchi, no oeste da capital afeg�, habitada principalmente por xiitas hazaras.

O governo acusou o Talib� de estar por tr�s do massacre.

Os insurgentes, por�m, negaram qualquer responsabilidade e emitiram um comunicado dizendo que a na��o deveria "proteger e zelar pelas escolas".

As explos�es ocorreram quando o ex�rcito americano continua retirando seus �ltimos 2.500 soldados ainda presentes em um pa�s dilacerado por 20 anos de conflito e ainda atormentado pela viol�ncia.

No s�bado, um carro-bomba explodiu em frente � escola Sayed Al-Shuhada e depois mais duas bombas explodiram enquanto as estudantes em p�nico corriam para fora, explicou o porta-voz do minist�rio do Interior, Tareq Arian.

Este atentado ocorreu antes do feriado mu�ulmano de Eid al-Fitr, que marcar� o fim do m�s de jejum do Ramad� na pr�xima semana.

Neste domingo, parentes das v�timas come�aram a enterrar os mortos no "cemit�rio dos m�rtires", onde repousam as v�timas dos ataques contra a comunidade hazara.

Os hazaras s�o xiitas e costumam ser alvos de grupos extremistas isl�micos sunitas.

Os sunitas constituem a maioria da popula��o afeg�.

- "Corpos dilacerados" -

Os caix�es de madeira foram colocados nas sepulturas por pessoas ainda em estado de choque, observou um fot�grafo da AFP.

"Corri para o local (ap�s as explos�es) e me vi entre corpos, ossos quebrados e m�os e cabe�as decepadas", contou Mohammad Taqi, um morador de Dasht-e-Barchi, cujas duas filhas, que estudam na escola-alvo, sobreviveram ao ataque.

"Todas essas pessoas eram meninas", lamentou.

Na semana passada, as alunas desta escola protestaram contra a falta de professores e material escolar, testemunhou Mirza Hussain, uma estudante do bairro. "Mas o que elas conseguiram foi um massacre", lamentou.

Esta manh�, no local do atentado, livros e mochilas das v�timas ainda estavam espalhados pelo ch�o.

O presidente afeg�o, Ashraf Ghani, acusou o Talib� de estar por tr�s do ataque.

"Este grupo de selvagens n�o tem capacidade para enfrentar as for�as de seguran�a no campo de batalha, ent�o atacam barbaramente pr�dios p�blicos e escolas de meninas", denunciou em um comunicado � imprensa.

O Talib� negou qualquer envolvimento, dizendo que n�o realiza ataques em Cabul desde fevereiro de 2020, quando assinou um acordo com os Estados Unidos abrindo caminho para negocia��es de paz e a retirada das �ltimas tropas americanas.

No entanto, os insurgentes seguem envolvidos em combates di�rios com as for�as afeg�s no interior do pa�s.

O principal diplomata dos Estados Unidos em Cabul, Ross Wilson, chamou as explos�es de s�bado de "hediondas".

"Este ataque imperdo�vel contra crian�as � um ataque ao futuro do Afeganist�o, que n�o pode ser tolerado", disse Wilson no Twitter.

No mesmo bairro, em maio de 2020, um grupo de homens armados atacou uma maternidade apoiada pela organiza��o M�dicos Sem Fronteiras em plena luz do dia, matando 25 pessoas, incluindo 16 m�es e rec�m-nascidos. Posteriormente, MSF decidiu encerrar o projeto.

Em 24 de outubro, um homem se explodiu em um centro de ensino particular no mesmo bairro, matando 18 pessoas, incluindo estudantes.


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